ECONOMIA

Preço do ovo continuará alto até a quaresma


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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) avaliou que o mercado de ovos, cujos preços dispararam recentemente, "deverá se normalizar até o final do período da quaresma, com o restabelecimento dos patamares de consumo das diversas proteínas". A entidade ponderou que não dá para afirmar, com certeza, o momento em que os preços dos ovos cairão, pois isso depende do próprio mercado do produto. Mas avaliou que, por mais dois meses, a tendência é de que os preços continuem pressionados, caindo somente perto do fim da quaresma - em meados de abril.

Por que o preço do ovo está alto?

Os custos de produção acumularam alta nos últimos oito meses, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens. Ao mesmo tempo, as temperaturas em níveis históricos têm impacto direto na produtividade das aves, com reflexos na oferta de produtos. As cotações dos ovos atingiram o maior patamar diário da série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. Desde a segunda quinzena de janeiro, a proteína sofreu reajustes que já chegam a 40% em diversas regiões do país, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Há ainda a gripe aviária nos Estados Unidos, levando aquele país a importar mais ovos. As exportações brasileiras de ovos, tanto in natura quanto processados, totalizaram 2.357 toneladas em janeiro, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume supera em 22,1% o total exportado no mesmo mês do ano passado.

Economia desacelerou

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou queda mais intensa do que o esperado em dezembro, mas ainda apontou crescimento de 3,8% em 2024, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. O índice teve queda de 0,73% em dezembro, segundo dados dessazonalizados, contra expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,4%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 2,4%, de acordo com os números observados.

73,51 milhões de endividados

De acordo com o levantamento realizado pelo Serasa, os dados do principal indicador de inadimplência no país, o último mês de 2024 registrou a marca de 73,51 milhões de endividados. Entra maior fatia da população com nome restrito, estão os brasileiros com idades entre 41 e 60 anos, representando 35,1%. Na sequência estão as faixas etárias de 26 a 40 anos (33,8%), acima de 60 anos (19,3%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,7%). Apesar do número alto, houve uma queda de 0,37% em relação a novembro.

O que é taxa Selic?

A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é utilizada pelo Banco Central do Brasil como principal instrumento de política monetária para controlar a inflação. O nome "Selic" vem do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que é um sistema administrado pelo Banco Central onde são negociados títulos públicos federais. A taxa Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne periodicamente para ajustar a meta da taxa de acordo com as condições econômicas do país.

No que interfere a Selic?

A taxa Selic tem um impacto tanto no custo dos empréstimos como nas aplicações financeiras. Nos empréstimos: custo dos Juros - quando a Selic aumenta, os juros dos empréstimos tendem a subir. Isso ocorre porque a Selic representa o custo do dinheiro para os bancos, que repassam esse custo aos consumidores. Por exemplo, um aumento de 1 ponto percentual na Selic pode elevar as taxas de juros dos empréstimos de curto prazo em até 0,25 pontos percentuais. A taxa Selic também tem um impacto nas aplicações financeiras. Renda Fixa: quando a Selic aumenta, os investimentos em renda fixa, como títulos públicos (Tesouro Direto), CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e LCIs/LCAs (Letras de Crédito Imobiliário/Agrícola), tendem a oferecer uma rentabilidade maior. A rentabilidade da poupança também é afetada pela Selic. Quando a Selic está acima de 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Quando a Selic está igual ou abaixo de 8,5%, a poupança rende 70% da Selic mais a TR.

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