OPINIÃO

O Brasil e seu eterno embate eleitoral

Por Gregório José - Jornalista/Radialista/Filósofo |
| Tempo de leitura: 2 min

Os números falam por si. A mais recente pesquisa de intenções de voto mostra que, se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Jair Bolsonaro venceria o atual mandatário em um segundo turno. Um dado que, se por um lado não surpreende, por outro reforça a força de uma base conservadora que segue firme, mesmo diante das investidas daqueles que tentam reescrever a história e criminalizar adversários políticos.

No primeiro turno, Bolsonaro lideraria a corrida, mas a pesquisa também aponta um fato curioso: a popularidade de Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, que aparecem em empate técnico com Lula. O recado da população é claro - há um cansaço generalizado com as velhas práticas políticas e uma busca por novos nomes que representem os valores de trabalho, ordem e progresso.

Outro ponto que chama atenção é a inclusão de um nome inesperado na pesquisa: Gusttavo Lima. O cantor sertanejo, que nem sequer tem filiação partidária, já figura entre os principais nomes na disputa, à frente de governadores e políticos tradicionais. Isso só reforça a tese de que a política nacional tem sido ocupada, cada vez mais, por figuras que expressam o sentimento popular sem rodeios, sem discursos vazios e, principalmente, sem aquele velho jogo de empurra que o Brasil conhece tão bem.

Enquanto isso, o atual governo segue patinando, tentando conter uma crise econômica que ele mesmo ajudou a aprofundar. O discurso do "nós contra eles" continua a ser a principal estratégia para se manter no poder, mas os números das pesquisas mostram que os brasileiros não estão dispostos a comprar essa narrativa por muito mais tempo.

A eleição de 2026 ainda está longe, mas as cartas começam a ser colocadas na mesa. O Brasil continua polarizado, mas um fato é inegável: o desejo de mudança se mantém vivo, e o povo tem cada vez mais clareza sobre os rumos que quer para o país.

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