ANDAVA DE CAMARO

Membro de facção, traficante com vida de luxo é preso em Bauru

da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Polícia Civil/Divulgação
Carros apreendidos no condomínio de luxo onde morava o investigado, em Bauru
Carros apreendidos no condomínio de luxo onde morava o investigado, em Bauru

A Polícia Civil de Bauru prendeu, nesta sexta-feira (31), um homem de 38 anos apontado por investigações como um dos principais traficantes de drogas na cidade e escriturário de conhecida facção criminosa. Apesar de atuar na região do bairro Ferradura Mirim, onde tinha uma adega, segundo a polícia, ele morava em um condomínio fechado de luxo na zona sul de Bauru, onde pagava aluguel mensal de R$ 5,5 mil, e andava de Camaro. O carro, além de outros veículos e diversas porções de drogas foram apreendidos na operação, que resultou na prisão de outras duas pessoas.

A ação, deflagrada pela 2.ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (2.ª Dise) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Bauru, foi batizada de "Livro 014", de acordo com a Polícia Civil, em referência à posição do principal investigado, D.J.S., dentro da facção criminosa. "Ele ocupa a função de escrituração do livro da facção na área de Bauru, indicando os integrantes e a posição de cada um", diz, por meio de nota.

As diligências visando ao cumprimento de mandados de busca foram realizadas na residência de D.J.S. e em um ponto de venda de drogas em frente à adega dele, na avenida Cruzeiro do Sul, e contaram com o apoio de equipes da Delegacia de Homicídios, do Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro (Seccold), da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Grupo de Operações Especiais (GOE).

O delegado responsável pelas investigações, Marcelo Bertoli Gimenes, conta que a venda de entorpecentes na biqueira era intensa e que o proprietário da adega era auxiliado por outras pessoas e saía de sua casa no condomínio de luxo diariamente para conferir os "negócios". Gravações feitas pela equipe de investigação revelaram que os pagamentos eram feitos pelos usuários através de cartão de crédito e débito na adega e também por meio de Pix.

"Importante consignar que há uma incompatibilidade clara entre a renda auferida na adega e os sinais exteriores de riqueza, por parte de D.J.S.. Por meio de pesquisa na Receita Federal e na Jucesp, obteve-se a informação que a adega possui um capital social de R$ 30.000,00. Trata-se, precipuamente, de um local de venda de bebidas alcoólicas e cigarros", afirma. "Por sua vez, D.J.S. é visto dirigindo veículos de alto padrão, tal como um Chevrolet/Camaro SS. O valor do aluguel pago pelo imóvel é de R$ 5.500,00 mensais".

Prisões

O investigado foi preso pelos policiais civis em sua residência no condomínio fechado com R$ 3.150,00 em dinheiro, uma máquina de contar dinheiro, um terminal de pagamentos de cartão, um simulacro de arma de fogo e celulares. Também foram apreendidos no local um Ford Fiesta, uma Honda CB 250 Twister, o Camaro, um Jeep Renegade e vários documentos que serão analisados, dentre eles escrituras de imóveis.

No ponto de venda de drogas, as equipes prenderam J.W.F.C., 21 anos, com 160 pinos de cocaína. Outro investigado, V.F.C., 31 anos, foi detido quando seguia de carro para a biqueira. Ele estava com 64 pinos de cocaína, R$ 94,00 em dinheiro e dois celulares. Os três homens foram conduzidos à sede da Deic e autuados em flagrante por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Eles permaneceram detidos aguardando apresentação na audiência de custódia. Segundo a Polícia Civil, D.J.S. já foi preso duas vezes em flagrante por tráfico, em 2014 e em 2017, e por disparo de arma de fogo e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito em 2013.

Drogas e materiais apreendidos durante a operação
Drogas e materiais apreendidos durante a operação

Comentários

Comentários