FASE DE INSTRUÇÃO

Audiência do Caso Claudia ocorre hoje; veja o que dizem advogados

Por Guilherme Matos | da Redação
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Guilherme Matos
Thiago Tezani e Alisson Caridi; Leandro Pistelli e Vanessa Mangile
Thiago Tezani e Alisson Caridi; Leandro Pistelli e Vanessa Mangile

Os depoentes arrolados no caso do assassinato de Claudia Regina Rocha Lobo, a ex-secretária executiva da Apae que desapareceu no dia 6 de agosto, começaram a ser ouvidos oficialmente pela Justiça na tarde desta quarta-feira (15). Estão sendo ouvidas as testemunhas da acusação, arroladas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela assistente de acusação Letícia Lobo — filha de Claudia e presa por crimes do colarinho branco em outra ação, que investiga desvios de verbas da Apae. A audiência ocorre no Fórum da Comarca de Bauru.

Entre as testemunhas estão os delegados Cledson Nascimento e Gláucio Eduardo Stocco, um investigador da Polícia Civil, Letícia Lobo, funcionários da Apae, além do ex-namorado de Claudia Lobo.

Nesta quinta-feira (16), se ouvida toda a acusação, ocorrerão as oitivas das testemunhas de defesa e os réus Roberto Franceschetti Filho e Dilomar Batista, acusados de assassinato e ocultação de cadáver, respectivamente. 

O advogado Alisson Caridi, que representa Letícia Lobo, entrou recentemente com um pedido de prisão preventiva para Dilomar. A justificativa é a transcrição de uma conversa entre Dilomar e Roberto que foi juntada aos autos no dia 30 de dezembro e que mostra a dupla combinando a destruição de vestígios do crime. 

“Isso e outras situações no processo deixam claro, no nosso entendimento, que eles tentaram desde o início atrapalhar as investigações e ocultar as provas. Muito embora o inquérito policial já tenha encerrado, a lei fala que a decretação da [prisão] preventiva pode ocorrer por conveniência da instrução do processo e a instrução começa hoje. Então, é perfeitamente cabível”, afirma Caridi.

Dilomar

Thiago Tezani, que representa Dilomar Batista, diz não se preocupar com a possibilidade da prisão de seu cliente. “O pedido de prisão foi feito com provas já existentes anteriormente. O relatório juntado em dezembro não traz nada de novo. Tanto que o promotor já se manifestou contra esse pedido, justamente por não haver nada de novo”, afirma.

O advogado também destaca que Dilomar colabora com as investigações desde sua segunda oitiva na Polícia Civil, inclusive com entrega de celular e da movimentação financeira.

Réu confesso por fraude processual e ocultação de cadáver, Dilomar aposta na defesa de que participou do crime por medo e coação, segundo Tezani.

Franceschetti

A defesa de Roberto Franceschetti, formada por Leandro Pistelli e Vanessa Mangile, não adiantou a estratégia da defesa que será utilizada na quinta-feira. No entanto, os advogados mantêm a declaração de inocência do ex-presidente da Apae. Eles também reiteram que não houve confissão para o delegado de polícia.

“Existem algumas provas que vão ser contestadas no momento oportuno”, adianta a equipe.

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