Não deveríamos desvalorizar ninguém; tratar alguém com desrespeito insignificância ou falta de dignidade, pois todos os seres humanos foram criados à semelhança de Deus. Com atitudes dos tipos acima descritos estaríamos desvalorizando, desrespeitando ou simplesmente ignorando nosso Criador e, em última análise, deixando de ter estima por nós mesmos.
Assim também, na mesma medida, não deveríamos lidar desdenhosamente com a natureza, sem dar-lhe a devida e necessária importância, porque a cada aspecto do universo criado por Deus, quer sejam águas, plantas, animais, luminares celestes, ao final do dia ele olhava para sua obra e concluía que tudo era bom (Gênesis 1).
Então por que o ser humano não é bom para com outros seres humanos ou para seres da natureza? Acontece que as pessoas são más porque escolhem fazer o mal. A toda escolha são oferecidas duas possibilidades; no caso, fazer o mal ou o bem. Fazer o bem remete a se juntar a Deus em seu plano para a humanidade. Já fazer o mal é a escolha de juntar-se a quem não é com Deus; a quem é inimigo, contrário ou desobediente ao propósito divino, às suas promessas e à segurança de salvação em Cristo.
A desobediência conduz ao pecado e o pecado rompe o relacionamento com Deus. Viver em oposição ao pecado, de acordo com a vontade de Deus - leia-se em obediência aos seus preceitos - torna a vida produtiva e completa. As promessas de Deus para a humanidade, seu pacto de ajuda e proteção foi arranhado pelo pecado, mas jamais desfeito. Deus cumpriu promessas no passado e continua a cumpri-las hoje, como as de nos amar, aceitar e perdoar se voltarmos nosso comportamento a atos de obediência plena, comportamento esse que restaura nosso relacionamento com Ele. Esta é a única maneira de desfrutarmos dos benefícios da promessa que Ele nos fez de uma vida próspera.
Prosperidade é bem mais profundo que conquistas materiais, A verdadeira prosperidade e satisfação, a tão almejada felicidade reside em estar em paz com o Criador, com outras pessoas e consigo mesmo. Quando questionado sobre qual seria o principal mandamento dado por Deus a Moisés no monte Sinai, Jesus respondeu: "Ame o Senhor seu Deus de todo o coração, de toda sua alma, de todo o seu entendimento e com toda sua força. E o segundo é: Ame seu próximo como a si mesmo" (Marcos 12:28-31). Em apenas dois mandamentos, Jesus contemplou todos os dez e resumiu a relação vertical (de Deus para com o homem) e a relação horizontal (do homem para com o homem). Não há como ser mais simples. Aliás, Jesus era simples em seus ensinamentos, daí o título de Mestre lhe cair tão bem. Simples é também seguir seus ensinamentos, mas as atrativas luzes das falsas promessas do mundo distraem a mente, perturbando a compreensão e o entendimento.
É necessário, portanto, afastar-se da ilusória sedução de prosperidade fácil que a sociedade e os meios de comunicação procuram divulgar, para refletir na perda da paz e da felicidade genuína que está ao alcance de um gesto, de uma ação, de um sim a apenas dois mandamentos: amar a Deus de todo o coração (obedecê-lo plenamente) e amar ao próximo como a si mesmo. O mundo deu uma cambalhota e parece não encontrar a maneira, a receita, a forma de desvirar-se; de voltar ao estado original. Basta o ser humano voltar ao princípio de tudo e, a exemplo de Deus, ao final do dia contemplar seus próprios feitos e concluir que vale a pena; que é bom.
IGREJA BATISTA DO ESTORIL