Natal para os antigos romanos era a celebração do solstício de inverno, um culto ao Deus Sol-Mitra.

Os gregos celebravam o mesmo solstício cultuando a Dionísio - o Deus do vinho. Os nórdicos comemoravam, à mesma época, com o seu Yule, onde os gnomos entregavam presentes a todos e o Gamo Rei, com sua galhada, rondava a cama das bravas mulheres fertilizando-as.

Um ponto em comum entre essas três celebrações é a comilança, a bebelança, os excessos e a troca de presentes. No século IV o Cristianismo foi declarado como a religião do Império Romano e Jesus passou a ocupar o lugar do Deus Sol nas celebrações. Nicolau de Mitra presenteou três moças com ouro e foi canonizado.

Atravessou os tempos, até chegar ao século XIX, onde foi recauchutado, perdeu suas referências católicas, foi deportado para o polo norte e passou, oficialmente, a ser o Santa Claus.

Ficou mais famoso ainda, quando em 1931 a Coca Cola usou sua imagem para uma campanha publicitária natalina; nasce então, o Papai Noel como conhecemos hoje!

E, o Natal como comemoramos hoje, nada mais é do que a concatenação, a soma de todas essas culturas. É mais uma data de ação afirmativa. Você espicaça, humilha, ignora as pessoas o ano todo e, no Natal, com suas ceias recheadas de remorso e felicitações regadas de hipocrisia, pode fazer a fina e encenar a família feliz de comercial de margarina. Que pena!

Já a palavra Natal vem do Latim NATIVITAS e significa "nascimento". Partindo-se do fato, de que um novo dia "nasce" a cada alvorecer, podemos concluir que: Natal é todo dia!

É celebrar, todos os dias, uma nova oportunidade para tentar ser uma pessoa melhor, como nos ensinou Jesus. O ser realmente!!

E não mero verniz ou só comércio. Dá para presentear sem exageros e ser a presença do amor: o maior presente! Não há data para funcionar como um ser humano do bem. Basta boa vontade, honestidade, mente aberta...

Feliz Ano Novo a todos e muita luz nos Natais do dia-a-dia.