Para quem tem veículos a conta do IPVA chegou. No estado de São Paulo, o valor venal (valor de mercado) dos veículos, que serve como base para o cálculo do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), é determinado por uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). Essa pesquisa é feita anualmente e considera os preços de venda praticados no varejo em setembro do ano anterior, ou seja, em setembro de 2024. A Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo (Sefaz-SP) divulga uma tabela com os valores venais dos veículos, que podem ser consultados no Sistema de Veículos (Sivei) informando a placa do veículo.
A visão financeira do pagamento do IPVA (1)
Ao estabelecer que o IPVA pode ser pago a vista aplicando 3% de desconto sobre o valor do imposto, ou sem desconto em única parcela em fevereiro ou ainda em 5 parcelas sem desconto, o governo do Estado estabeleceu um financiamento semelhante a compra de um eletrodoméstico, por exemplo. Aplicar antecipadamente 3% de desconto equivale a uma taxa de juros de 3,09% ao mês (o equivalente ao final do mês) ou 44,08% ao ano. A primeira opção de pagamento em parcela única em fevereiro, abrindo mão do desconto a vista, é a pior, pois seria o mesmo que o contribuinte pagasse 3,09% de juros ao mês. É uma taxa elevada se considerarmos as aplicações financeiras em renda fixa. Desta maneira se puder pague a vista.
A visão financeira do pagamento do IPVA (2)
Agora vamos comparar o valor a vista com o parcelamento em 5 vezes, sendo a primeira a vista em janeiro e as demais parcelas vencendo em fevereiro, março, abril e maio. Nesta opção a taxa de juros é de 1,55% ao mês ou 20,27% ao ano. Também neste caso, comparando com as opções normais de renda fixa disponíveis no mercado, a orientação é para pagamento a vista. Em resumo: melhor opção, pagamento a vista com desconto de 3%, segunda melhor opção, parcelamento em 5 vezes sem desconto e a pior opção, pagamento sem desconto em parcela única em fevereiro.
Atenção para os valores mínimos para parcelamento
Vale destacar que a opção em parcelar em até 5 vezes dependerá do valor mensal da parcela. Esta possibilidade é para veículos que atinjam parcelas mensais acima de R$ 370,20. Caso o valor da parcela seja entre R$ 222,12 e R$ 296,16 o parcelamento máximo é de 3 vezes. Caso o valor da parcela fique entre R$ 296,17 e R$ 370,20 o número de parcelas será de até 4 vezes. Seguindo o mesmo raciocínio acima o parcelamento em 3 vezes terá uma taxa de juros mensal de 3,13% (44,75% ao ano) e a de 4 vezes 2,07% ao mês (27,87% ao ano). Para o parcelamento em 3 vezes a melhor opção é pagar a vista ou até mesmo em parcela única em fevereiro. A opção de parcelar é mais onerosa. Já para o pagamento em 4 vezes o pagamento a vista é a melhor indicação, mas o pagamento em única parcela em fevereiro é mais caro. Para qualquer uma das opções não vale a pena contrair empréstimo para pagamento do IPVA a vista.
Dólar alto atinge os mais pobres
Outro dia vi uma postagem de um internauta dizendo que como recebe em Reais, gasta em Reais e não faz turismo no exterior, ele não está nem aí se o dólar sobe ou cai. Pois bem, não é bem assim. A alta do dólar pode ter várias consequências significativas para a economia brasileira. Aqui estão algumas das principais. A principal delas é a Inflação. A valorização do dólar pode aumentar os preços dos produtos importados, como eletrônicos e combustíveis, o que pode levar a um aumento geral dos preços no mercado interno. O custo de produção aumenta. Empresas que dependem de insumos importados podem enfrentar custos mais altos, o que pode ser repassado aos consumidores na forma de preços mais elevados. Com um dólar mais alto há incentivo para exportar os produtos brasileiros, o que pode gerar falta de produtos no mercado interno, pressionado a inflação. E quem sente mais fortemente os efeitos da inflação? Os mais pobres que perdem seu poder aquisitivo, portanto, dólar alto atinge até mesmo pessoas que ganham em Reais e gastam em Reais.
Outros efeitos do dólar alto
Na visão econômica o dólar alto também ele o valor da dívida externa brasileira em Reais.
Afeta o poder de compra dos brasileiros no exterior, tornando viagens e compras internacionais mais caras. Já os investimentos e turismo dos estrangeiros no país ficam mais atrativos. Em resumo: o dólar deve operar em nível de equilíbrio, não onerando os custos de produção e nem prejudicando as exportações. Nestes últimos tempos a cotação opera acima do nível ideal.
Mude já, mude para melhor!
Que este novo ano seja repleto de oportunidades, conquistas e momentos inesquecíveis. Que cada desafio seja uma chance de crescimento e cada vitória, um motivo para celebrar. Vamos fazer de 2025 o nosso melhor ano! Mude já, mude para melhor!