Jesus é Natal
Em uma perspectiva cristã, a frase é coerente e faz todo sentido. Afinal, o crente vive a presença de Jesus em todo momento, em toda circunstância. "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gálatas 2:20). O 25 de dezembro é apenas um detalhe, uma vez que passou a ser mais um dos dias dos doze meses do ano, após a adoção por vários países - Brasil incluído - do calendário gregoriano, em 1582. Antes desse sistema, uma série de outros calendários foi instituída, antes e depois do nascimento de Jesus, sendo que alguns povos seguem outras formas de contar o tempo.
Também estudiosos se apoiam em relatos de trechos bíblicos para defender, com significativa lógica diga-se, ser bastante razoável que o Messias não tenha vindo ao mundo em um mês de inverno no hemisfério norte. Uma dessas evidências é que na noite do nascimento pastores cuidavam de seus rebanhos ao ar livre. Ora, é de se prever que tal fato não aconteceria em uma noite de inverno. Há também a narrativa de que o fato se deu na época do censo determinado pelo imperador César Augusto, quando Quirino era governador da Síria. O casal José e Maria, ela grávida de nove meses, percorreu aproximadamente 150 quilômetros - a distância de Nazaré a Belém - por estradas e caminhos precários, provavelmente à pé na maior parte do tempo, ou no lombo de algum animal, em outros trechos. É bastante improvável que o deslocamento, nessas condições, tenha ocorrido sob o açoite dos gélidos ventos invernais.
Mas, como dito, a data é apenas um detalhe ante o propósito da salvação inserido na divina decretação do Filho de Deus habitar entre nós. Para os cristãos, não o Natal mas a Páscoa se reveste do evento maior, do ápice do ministério terreno do Cristo, pois com a ressurreição Ele venceu a morte, o derradeiro obstáculo para o estabelecimento definitivo do eterno Reino de Deus.
Natal é Jesus.
Para a sociedade secular essa também é uma verdade, uma triste realidade. Alguns até fazem certa mistura, elevando a figura bonachona de um velhinho de barbas brancas e roupa vermelha ao posto de aniversariante do dia. Depois de passar 364 dias sem Jesus no coração como companheiro e guia, não é de admirar a confusão e que a comemoração sirva apenas de pretexto para mais um feriado de glutonarias e bebedeiras desenfreadas, na concepção dessa fatia da população. Outros até mesmo utilizam a data como marco inicial de uma semana inteira de planejamento de ideias e objetivos nem um pouco afinados aos ensinamentos do Mestre, e que irá desembocar em festividades nada recomendáveis na chegada de um novo ano.
É uma pena que não se dê a esse momento tão valioso a oportunidade para uma reflexão mais aprofundada sobre as alegrias eternas, e não as efêmeras, advindas da conversão a Cristo. Mas há uma esperança; sempre há uma alternativa de mudança de direção oferecida pela bondade infinita de Deus. O arrependimento é o primeiro passo. O Senhor não rejeita um coração quebrantado e humilde.
A figueira pode não estar dando fruto há anos, mas ainda é tempo de afofar a terra e colocar adubo para ver o resultado no ano seguinte (Lucas 13). A noite de Natal pode ser a oportunidade para o início de uma caminhada gloriosa e iluminada pela luz de Cristo. Um escape proporcionado pelo Espírito Santo de Deus para uma jornada diária com o Redentor e não para mais 364 dias sem a presença de Jesus.
Um Feliz Natal Com Cristo!
IGREJA BATISTA DO ESTORIL
62 anos - Soli Deo Gloria