SONO DE QUALIDADE

Travesseiros X alergia respiratória


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Muito utilizado no passado, hoje, o travesseiro de penas ou plumas é um dos mais caros do mercado. Além disso, ele é também um dos tipos mais leves e macios que existem. A sua composição permite que o ar circule por dentro, o que evita que o produto esque
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É muito comum as pessoas tentarem descobrir qual a real causa de suas alergias. Para tanto, recorrem ao médico, fazem exames, buscam tratamentos diversos. Algumas, às vezes, ficam anos em busca de um diagnóstico e, mesmo depois de revelado, o problema persiste.

Afinal, não basta apenas saber o que lhe causa alergia. É preciso, sobretudo, se cercar dos cuidados necessários para evitar o contato com os agentes alérgenos que lhe fazem mal. E é justamente aí que as pessoas vacilam. Muitas vezes, o perigo dorme com você (aliás, coladinho ao rosto), e a gente custa a perceber. Sim, o travesseiro pode ser um dos grandes vilões dessa história!

Quem alerta é a médica Cristiane Passos Dias Levy, médica otorrinolaringologista do Hospital Paulista, especialista em alergias respiratórias.

De acordo com ela, especialmente para quem tem alergia a ácaro, asma ou rinite alérgica, é indispensável fazer a troca regular dos travesseiros.

"Com o passar do tempo, os travesseiros acumulam uma enorme quantidade de microrganismos, que se alimentam de secreções eliminadas durante o sono, seja pela boca (saliva), ouvidos (cerume), olhos (lágrimas), nariz (coriza), cabelos (seborreia) e até mesmo pela pele (suor e pele morta). Isso tudo se dispersa em uma poeira fina que pode ser facilmente inalada e causar alergias", explica.

Para os alérgicos a ácaros, em especial, a médica também recomenda o uso de capas de proteção antiácaro, seja nos travesseiros, seja nos colchões, a fim de se evitar maior contaminação. "Essas capas podem ser lavadas a cada três ou quatro semanas", destaca.

Dicas de bem-estar

Cabem as tradicionais dicas em relação à importância de manter o quarto sempre bem ventilado e iluminado; ficar atento a possíveis infiltrações ou outras causas de umidade no quarto; além de evitar varrer e espanar os móveis durante a limpeza, priorizando o uso de panos úmidos, de modo a evitar que os ácaros entrem em suspensão e se depositem sobre lençóis e fronhas limpos.

Troca após dois anos de uso

Estudos apontam que, após dois anos de uso, de 10% a 25% do peso de um travesseiro pode ser formado por ácaros e células mortas da pele. Isso sem contar as secreções artificiais que nele também costumam estar presentes, como cosméticos, perfumes, tinturas e maquiagem.

"É um acessório diariamente submetido a uma contaminação maciça. Por isso merece um cuidado especial em termos de higienização, além da troca a cada dois anos, que é o prazo recomendado por especialistas", destaca a médica.

No caso da higienização, ela diz que o ideal é fazê-la em lavanderias especializadas que sigam estritamente as instruções de lavagem. "Isso porque, é importante que haja a secagem completa do travesseiro, e as máquinas de uso doméstico geralmente não têm um desempenho que garanta isso", pondera Cristiane, acrescentando que esse procedimento pode ser feito a cada seis meses.

Quais são os 7 principais tipos?

1.Penas ou plumas

Muito utilizado no passado, hoje, o travesseiro de penas ou plumas é um dos mais caros do mercado. Além disso, ele é também um dos tipos mais leves e macios que existem. A sua composição permite que o ar circule por dentro, o que evita que o produto esquente. Para quem tem problemas alérgicos, ele não é boa opção.

2. Espuma de látex

O travesseiro de espuma de látex apresenta como característica principal a estabilidade da sua forma mesmo depois de sofrer deformações, o que proporciona um ótimo apoio, adequado para pessoas que sofrem com dores no pescoço ou nas costas. Ao contrário do travesseiro anterior, esse material é antialérgico, ou seja, é bem resistente a ácaros e poeira.

3. Espuma com molas

Outra opção que não deforma com facilidade, o travesseiro de espuma com molas é também muito resistente. Além disso, assim como o de espuma com látex, ele apresenta propriedades antialérgicas.

4. Espuma de memória

O travesseiro com espuma de memória, conhecido popularmente como travesseiro da Nasa, é produzido com material viscoelástico, que se adapta completamente ao contorno do pescoço e da cabeça. Assim, ele oferece o apoio necessário para a musculatura da região, exerce menor pressão nas áreas mais quentes e facilita a circulação sanguínea.

5. Microfibra

Para aqueles que não gostam de travesseiros pesados, essa é a opção certa. O travesseiro de microfibra é um dos tipos mais leves e flexíveis disponíveis no mercado. Todavia, uma das suas principais desvantagens é que ele absorve muito calor, o que pode gerar desconforto.

6. Espuma de poliuretano

O travesseiro de espuma de poliuretano já foi muito utilizado especialmente por pessoas que gostam de dormir de lado, pois ele não cede com o peso da cabeça. Entretanto, por ser um material inflamável, além de estar relacionado a problemas de saúde, como disfunções na tireoide, a recomendação é não utilizá-lo.

7. Magnéticos

Contam com pastilhas que formam uma rede de ímãs que simulam o fluxo magnético natural da terra. O produto tem tecnologias modernas, como o Photon Platina e o Photon Ion, que estimulam a energia vital, do sol e do ar, promovendo um efeito revigorante e relaxante de maior contato com a natureza. Esses estímulos ajudam a aumentar a imunidade, proporcionam analgesia, ou seja, amenizam as suas dores, melhoram a circulação e atuam no combate ao estresse.

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