A Anthropic apresentou nesta terça-feira (22) uma atualização do Claude 3.5 Sonnet que permite à inteligência artificial (IA) mexer em computadores de forma autônoma.
Com a nova função, o modelo pode navegar em sites, consultar documentos e preencher formulários como um usuário comum - movendo o cursor, clicando em botões e digitando textos. O recurso está disponível em fase de testes para desenvolvedores por meio da API (interface de programação) da empresa.
Empresários e pesquisadores do setor de IA consultados pela Folha avaliam o lançamento como um dos mais disruptivos do ano e divergem sobre quando OpenAI, Google e Meta, concorrentes da Anthropic, devem implementar funções semelhantes. A segurança seria o principal motivo de cautela para mais lançamentos.
"Entramos na era dos agentes, IAs que podem planejar e executar tarefas de acordo com nossas necessidades. Outras empresas devem ter produtos similares em desenvolvimento e próximos do lançamento", diz Diogo Cortiz, professor especialista em IA da PUC-SP.
A Anthropic está "testando as águas" e coletando casos de uso da tecnologia nos testes com desenvolvedores, segundo Pedro Burgos, professor do Insper e fundador da Co.Inteligência, consultoria focada em IA. Concorrentes devem agir de forma mais cautelosa, na visão do especialista.
A empresa afirma que o uso de computadores ainda está em fase experimental e pode apresentar erros em tarefas simples para humanos, como rolar a tela ou arrastar elementos, e anunciou sistemas para identificar possíveis usos indevidos da tecnologia, como spam e desinformação.