Na oração do "Creio" que rezamos na santa Missa dominical renovamos a nossa profissão de fé cristã. Entre as verdades que professamos está a fé na comunhão dos santos e santas, na ressurreição da carne e na vida eterna. No Prefácio da santa Missa dos Mortos expressamos a nossa fé na ressurreição e na vida eterna, afirmando: "Se a certeza da morte nos entristece, a promessa da imortalidade nos consola. Ó Pai, para os que creem em Vós, a vida não é tirada, mas transformada, e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível".
Conforme aprendemos na Catequese, a comunhão dos santos e santas compreende os três estados em que se encontram os batizados, primeiro os que vivem ainda peregrinando na terra rumo à santidade, e depois os falecidos que se encontram no purgatório se purificando e os que já vivem no céu gozando das bem-aventuranças ao lado do Pai, face a face com Jesus Cristo e na comunhão do amor no Espírito Santo. Em outras palavras, pode-se comparar como se fossem três as subdivisões da única Igreja: a Peregrina na terra, a Padecente no purgatório e a Celeste no céu. E entre estas três realidades da vida das pessoas que desde o batismo colocaram a sua esperança em Cristo há uma intercomunicação entre os vivos e os mortos que abraça o céu e a terra. Pois, todos estão em comunhão de fé e de amor com Cristo. Nesta comunidade da Igreja inteira, todos se amparam e rezam uns pelos outros. Podemos pedir ajuda aos santos de nossa devoção ou levam o nosso nome e aos familiares falecidos que cremos já estarem junto de Deus. Santa Terezinha disse que queria passar o seu céu fazendo o bem à terra. Também podemos ajudar os nossos falecidos ainda em processo de purificação com as nossas orações de súplica a Deus por eles. A Igreja, desde os primeiros tempos do cristianismo, venerou com grande piedade a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios por eles, porque "é santo e salutar o pensamento de rezar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados" (2 Mac 12,46) (cf. Catecismo da Igreja Católica, Ed. Youcat, n.146)". "No n. 126 do Youcat lemos que "Tudo o que uma pessoa faz ou sofre em Cristo e por Cristo torna-se proveitoso para todos; infelizmente, isso também significa, contrariamente, que cada pecado danifica a comunhão".
Neste domingo festejamos alegremente a Solenidade de Todos os Santos e Santas, isto é, a multidão daqueles que já vivem na glória do céu. A Igreja venera os santos e santas com o propósito de animar-nos a imitar a sua vida de santidade e a seguir os seus exemplos de fidelidade e de amor a Deus. Venera-os também para invocar a intercessão e o auxílio deles a fim de que dirijam orações ao Pai por Jesus e no Espírito Santo a nosso favor em nossas necessidades. Todos nós somos chamados à santidade para sermos plenamente realizados e felizes. A Bíblia faz o convite expresso à santidade, repetidas vezes. Por exemplo em Levítico 19,2: "Sede santos, porque Eu, Javé vosso Deus, sou santo", e, mudando a forma ou palavras, mas sem mudar o sentido, em Mateus 5,48: "Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito" e, em Lucas 6,36: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". As três leituras bíblicas da santa Missa de todos os santos se referem ao mistério desta festa. O Evangelho é das bem-aventuranças segundo São Mateus 5,1-12. São santos a multidão dos pobres em espírito, aflitos, mansos, famintos de justiça, misericordiosos, puros de coração, que promovem a paz, que são perseguidos por causa da justiça. A primeira leitura mostra a multidão dos marcados, os eleitos do novo Israel. "Uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro, trajados com vestes brancas e com palmas na mão". Um dos anciãos perguntou: "Estes que estão trajados com vestes brancas, quem são e de onde vieram?" O vidente respondeu: "Senhor, és Tu quem o sabes!" Ele, então, explicou: "Estes são os que vêm da grande tribulação: lavaram sulas vestes e alvejaram-nas no sangue do Cordeiro". A segunda leitura, 1Jo 3,1-3, nos diz que nossa vocação é participarmos da vida de Deus: "Vede que prova de amor o Pai nos deu, que sejamos chamados filhos de Deus. E nós o somos... O que somos agora, porém, um dia há de manifestar-se plenamente, quando Jesus se manifestar seremos semelhantes a Ele".
Este sábado é o assim chamado "Dia de Finados", isto é, dia da Comemoração de todos os Fiéis Defuntos. A Sagrada Liturgia nos convida a lembrarmo-nos dos nossos falecidos, recordando suas vidas e oferecendo orações e sacrifícios por eles, participando da santa Missa e visitando os Cemitérios para onde levamos flores, oferecemos preces, acendemos velas. Finados é um dia de respeitoso recolhimento, mais de silêncio do que de distração.
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