ÍNDICE NA B3

Indicador ‘Boi GPB’ será utilizado pela Bolsa a partir de 2025


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Divulgação
Oswaldo Furlan, presidente do GPB, vê ‘marco importante’
Oswaldo Furlan, presidente do GPB, vê ‘marco importante’

A B3, principal Bolsa de Valores do Brasil, adotará a partir de 2025 o Indicador do Boi Datagro, que se originou do Balizador GPB (que nasceu como Grupo Pecuária Bauru e agora se tornou Grupo Pecuária Brasil).

Desde o final da década de 1980, a B3 utilizava o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP/Esalq. "Essa mudança promete trazer mais segurança, credibilidade e transparência ao mercado de futuros de boi gordo no Brasil", afirma o presidente do GPB, Oswaldo Furlan.

Há aproximadamente seis anos, no início deste movimento, Furlan, Luiz Roberto Zillo (diretor do GPB), Paulo Dancieri (ex-diretor do GPB) e Rodolfo Endres (ex-diretor do GPB) se empenharam para transformar o Balizador GPB em um importante índice, buscando uma parceria com a Datagro, resultando na criação do Indicador do Boi.

A parceria entre GPB e Datagro consolidou um eficaz balizador de preços, agora transformado no Indicador do Boi Datagro. Esse mecanismo de acompanhamento das negociações em tempo real evoluiu para ser o índice oficial de preços da arroba, com dados confiáveis fornecidos por frigoríficos e pecuaristas.

A parceria com a Datagro e o apoio da B3 foram fundamentais para alcançar este marco histórico na pecuária nacional.

Ferramenta essencial

O indicador é amplamente utilizado por pecuaristas, frigoríficos e produtores rurais para definir estratégias de venda e renegociar contratos. Investidores e traders também se beneficiam dessa ferramenta, que ajuda a prever tendências de mercado e identificar oportunidades de lucro.

O índice é alimentado por dados de três mil pecuaristas e 120 frigoríficos, incluindo grandes nomes como JBS, Minerva, Marfrig e Barramansa.

João Otávio Figueiredo, head de pecuária da Datagro, destaca que todos os dados são auditados e verificações são feitas entre as informações fornecidas por pecuaristas e pela indústria.

Apenas 40% do boi abatido no Brasil é "hedgeado" na bolsa, protegendo contra flutuações de preços. Figueiredo também comentou que a ida do Indicador para a B3 é motivo de celebração para a Datagro, GPB e todos os produtores de carne.

"Estamos muito contentes com a adoção do Indicador, que traz transparência e previsibilidade ao mercado", afirmou.

Atualmente, o Indicador do Boi Datagro recebe mais de um milhão de cabeças de animais reportados mensalmente, representando mais de 60% do rebanho bovino no Brasil, abrangendo 14 estados. A metodologia utilizada inclui coleta de dados diretamente pelo App Indicador do Boi, garantindo transparência e segurança na informação.

Líderes comentam

Oswaldo Furlan Junior, presidente do GPB, celebra: "Hoje é uma data muito especial para toda a cadeia pecuária. A entrada do Indicador do Boi como forma de liquidação de contrato na B3 é um marco importante para o setor."

Eduardo Pedroso, da Friboi-JBS, destaca: "Este é um novo capítulo para a pecuária brasileira. A mudança traz transparência e segurança para as informações do mercado."

Wagner José Augusto, da Minerva Foods, ressalta: "A indústria e o produtor rural precisam de tranquilidade. Esta ferramenta do mercado financeiro agrega valor e confiança para ambos os lados."

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