
A antiga casa administrativa do Serviço de Proteção Indígena (SPI), construída em 1940 na aldeia Kopenoti, Terra de Araribá, em Avaí (a 39 quilômetros de Bauru), foi sede, no início deste mês, do primeiro curso de cerâmica indígena para as crianças da escola estadual do local em 96 anos, desde a chegada dos Terenas em Araribá.
Coordenada pelo artista Irineu Nje'a Terena, indígena nascido na própria aldeia, a iniciativa ensinou às crianças o básico de como trabalhar com a cerâmica, no intuito em despertar a tradição ancestral na aldeia.
Com apoio do Cacique Chicão, coordenador Geral do Ponto de Memória Balbino Sebastião, da diretora Daniela Machado e professores, os pequenos construíram suas primeiras peças em argila, que foram queimadas na aldeia, em um miniforno coletivo construído especialmente para queimar cerâmica.
A antiga casa administrativa era utilizada como museu, há anos. Mas, em setembro deste ano, ganhou um nome: Ponto de memória Balbino Sebastião, uma homenagem a um dos primeiros Terena que chegaram na Terra Indígena Araribá, em 1928.
O Ponto de Memória tem por objetivo fomentar atividade de resgate e fortalecimento cultural dentro da aldeia Kopenoti. O curso de cerâmica foi realizado em parceria com Araci Cultura Indígena /Ponto de Memória e patrocínio do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM).