OPINIÃO

As idosas abelhas

Por Hilário Nunes da Silva |
| Tempo de leitura: 1 min
O autor é colaborador de Opinião

É fascinante pensar que as abelhas que vemos voando são, de fato, as mais velhas de sua colmeia. Durante sua vida, as abelhas passam por várias fases de trabalho, começando como cuidadoras, limpando células e alimentando larvas, depois passando a armazenar néctar e a construir favos de mel. Somente na última fase de suas vidas, por volta das três semanas de idade, elas assumem o papel de forrageadoras, saindo da colmeia para buscar néctar e pólen.

Essa reflexão pode nos levar a pensar sobre o valor do trabalho acumulado ao longo da vida. As abelhas só chegam à fase mais visível do voo depois de uma jornada de crescimento e contribuição interna à colmeia. Elas carregam consigo a experiência e a energia resultantes de um ciclo de vida muito intenso, que culmina no trabalho vital de garantir alimento para a comunidade.

Em certo sentido, isso nos faz valorizar a ideia de que as fases menos visíveis do trabalho e da vida são igualmente importantes, preparando o indivíduo para momentos de maior exposição e responsabilidade. Como as abelhas, talvez nossas fases de preparação e aprendizado, muitas vezes longe dos olhares externos, sejam cruciais para o que virá a seguir.

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