O município de Bauru teve reconhecido, pelo governo estadual, o decreto de emergência de crise hídrica, que foi motivada pela estiagem prolongada. Com isso, o Estado vai dar apoio para o enfrentamento dos efeitos da drástica redução do volume de chuvas, permitindo a ampliação de ações como distribuição de água com caminhões-pipa em regiões com falta de água, além do próprio trabalho para o desassoreamento do Rio Batalha. A Defesa Civil do Estado de São Paulo foi acionada para enviar recursos, pessoal treinado e equipamentos para Bauru.
O uso de poços particulares é outra ação que será viabilizada nos próximos dias, após o diálogo com empresas, associações e entidades que possuem poços com capacidade para fornecer água para o Departamento de Água e Esgoto (DAE), ampliando a capacidade de distribuição de água neste período de escassez, até que o nível do Rio Batalha volte ao normal.
Diversas ações já estão acontecendo para minimizar os impactos da estiagem, como novos pontos de fornecimento de água na cidade, que foram instalados em setembro no Recinto Mello Moraes e em outros pontos das regiões abastecidas pelo Rio Batalha. O combate aos incêndios foi reforçado, com a Patrulha Rural, e o aumento do valor da multa para quem provocar incêndios, para até R$ 100 mil. A Prefeitura de Bauru conta com uma equipe municipal de combate às queimadas, que está de prontidão na região do Horto Florestal e foi treinada e equipada para auxiliar o Corpo de Bombeiros em caso de novos incêndios.
Nesta terça-feira (1), a prefeita Suéllen Rosim e o presidente do DAE, Renato Purini, fizeram reunião com as pastas envolvidas na Força-Tarefa de Enfrentamento à Seca Extrema, criada no último mês pelo Decreto 17.775/2024, com a participação das Secretarias do Meio Ambiente (Semma), Saúde, Agricultura e Abastecimento (Sagra), Planejamento (Seplan), Obras, Administrações Regionais (Sear), Educação e Gabinete da prefeitura, e ainda a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros.
Outro impacto é no atendimento de saúde, que está mais sobrecarregado devido aos problemas respiratórios decorrentes da estiagem. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA) são destinadas prioritariamente ao atendimento de casos mais graves e, sempre que possível, a população deve procurar o primeiro atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Vale destacar que as UBSs do Bela Vista, Geisel e Chapadão/Mendonça funcionam com horário ampliado de segunda a sexta-feira até às 23h, e aos sábados das 8h às 18h. A Secretaria de Saúde está monitorando diariamente a situação envolvendo os casos respiratórios nas unidades de saúde.
Cuidados em dias secos
A baixa umidade do ar e o aumento de partículas como areia e fuligem podem ter efeitos diretos e indiretos à saúde humana. Os sintomas mais comuns relacionados à baixa umidade são o ressecamento de mucosas que podem ocasionar complicações alérgicas e respiratórias, aumento de doenças respiratórias previamente existentes, como asma, bronquite, rinite e enfisema, sangramento pelo nariz, espirros, tosse, dificuldade para respirar. Pode ocorrer também o ressecamento da pele, irritação dos olhos, com vermelhidão, ardência, coceira e aumento das conjuntivites alérgicas.
Em dias mais secos, é preciso ficar atento, pois além do aumento dos níveis de poluentes dispersos no ar, a baixa umidade pode ter efeitos diretos e indiretos à saúde humana. Nos últimos dias, Bauru tem registrado baixíssima umidade do ar, com índices abaixo de 15%, quando o mínimo recomendável pela Organização Mundial de Saúde é de 60%.
Medidas para reduzir os impactos à saúde causados pela Seca Extrema
- Evitar exercícios físicos ao ar livre
- Umidificar o ambiente por meio de vaporizadores, toalhas molhadas e/ou recipientes com água
- Permanecer em locais arejados e protegidos do sol
- Hidratar-se com maior frequência
- Usar soro fisiológico nas narinas
- Usar solução lubrificante ocular
- Evitar aglomerações