Bauru investiga o segundo caso suspeito de mpox, doença causada por vírus, cuja transmissão para humanos ocorre por meio do contato com pessoas infectadas ou materiais contaminados. Conforme divulgado pelo JC, no início deste mês, a cidade registrou um caso importado de mpox.
A administração municipal não divulgou detalhes sobre o segundo paciente que aguarda o resultado de exames. Já o primeiro caso suspeito, segundo o Departamento de Saúde Coletiva (DSC), foi notificado por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) não especificada.
A pessoa é do sexo feminino, tem 66 anos, e seguia em isolamento domiciliar até a resolução completa das lesões de pele ou liberação de resultado negativo para a doença. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, ela passou por atendimento em 21 de agosto, sem histórico de viagem.
Já o caso confirmado da doença trata-se de um paciente do sexo masculino, de 32 anos, que apresentou os primeiros sintomas em 25 de abril. Ele tinha histórico de viagem para o exterior. Em 12 de abril, foi para França e Guiana Francesa, retornando ao país em 9 de maio. A primeira notificação foi registrada pelo município de São Paulo em 13 de maio, mas contabilizada para Bauru.
Em meados do mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o atual surto de mpox na África é uma emergência de saúde pública global. A posição foi tirada após a entidade convocar o comitê de emergência em meio a preocupações de que uma cepa mais letal do vírus se espalhe para regiões não endêmicas.
A doença
A doença pode se espalhar por contato próximo, como toque, beijo ou sexo, bem como por materiais contaminados, como lençóis, roupas e agulhas, segundo a OMS.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da mpox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias, segundo informações do Ministério da Saúde.
As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre. “As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem", diz o site do Ministério.
"As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus”. A orientação para quem considerar ter os sintomas é procurar uma unidade de saúde para avaliação.
No ano passado, a Prefeitura de Bauru, por meio da Secretaria de Saúde, recebeu 60 doses de vacina Varíola Bavarian Nordic, sendo o último recebimento em agosto de 2023, para esquema vacinal de duas doses. A última administração ocorreu em 31 de agosto de 2023, revela a assessoria de imprensa.