O homem flagrado por ciclistas ateando fogo em uma plantação de cana-de-açúcar, em Igaraçu do Tietê (a 71 quilômetros de Bauru), no início desta semana, não estava cometendo crime. A ação dele foi registrada em vídeo, que circulou pelas redes sociais, e chegou à Polícia Militar Ambiental.
Ao apurar, a corporação descobriu tratar-se de um brigadista usando uma técnica denominada como “fogo de encontro”. Para chegar à conclusão, a equipe de Barra Bonita analisou o vídeo, no qual consta uma pessoa colocando fogo no canavial e, em seguida, entrando rapidamente em um veículo branco para deixar o local.
No dia seguinte, os policiais foram à fazenda em questão e conversaram com o responsável. Ele informou uma situação que também era possível verificar pelas imagens: havia outro incêndio dos lados da quadra de cana-de-açúcar. O trabalhador, que faz parte da brigada de incêndio da empresa, acionou os meios necessários para dar início ao combate.
Ele contava com dois caminhões-pipa, mas devido aos fortes ventos, tempo seco e baixa umidade do ar, o fogo estava se propagando de forma muito rápida e que não lhe restou outra alternativa a não ser utilizar a técnica de “fogo contra fogo” ou ‘fogo de encontro’, a fim de erradicar o incêndio o quanto antes e, assim, não trazer riscos às residências e à escola que ficam próximas ao local.
Segundo a Polícia Ambiental, trata-se de uma técnica defensiva de combate a incêndio que consiste em atear fogo de forma controlada em um trecho de vegetação para impedir que o fogo se espalhe. A estratégia prevê incendiar um pequeno trecho de vegetação de forma controlada enquanto o fogo se alastra.
Quando o fogo criado encontra o incêndio já existente, por não haver mais vegetação que sirva como combustível no solo, ambos perdem força e se apagam. Posteriormente, o solo é resfriado para apagar as chamas mais próximas e que por ventura ainda existam, informa a Polícia Ambiental.
A corporação, no entanto, não recomenda a nenhuma pessoa o uso de qualquer técnica de combate a incêndio. “Tais atividades devem ser reservadas a pessoas treinadas e capacitadas para tal a fim de resguardar a integridade e a vida do cidadão. A prevenção é sempre a melhor medida e a Polícia Militar Ambiental encontra-se à disposição em todas as suas unidades de Policiamento Ambiental”, informa nota enviada à imprensa.
Outras informações estão à disposição pelo e-mail 2bpamb2ciap5@policiamilitar.sp.gov.br ou pelo telefone (14) 3103-0150.
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