SAÚDE E BELEZA

Vitiligo: tira-dúvidas para conhecer melhor essa condição da pele

Por Daniela Hueb |
| Tempo de leitura: 3 min

É muito simples identificar pessoas que têm vitiligo: em geral, elas apresentam manchas na pele provocadas pela perda de pigmentação. Quanto mais melanina uma pessoa tem, mais fácil de notar o vitiligo, uma vez que o contraste fica maior.

Isso se deve ao fato de que o vitiligo é causado pela perda da coloração da pele. As lesões se formam devido à diminuição ou ausência de melanócitos, que são as células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele.

As manchas começam surgindo em extremidades, como mãos, pés, nariz, boca, mas podem afetar todo o corpo, inclusive as mucosas, como lábios e região genital.

A seguir, eu conto mais. Continue lendo!

Por que o vitiligo aparece?

Não existe unanimidade médica sobre a causa exata do vitiligo, mas já se sabe que ele está relacionado a alguns fatores específicos.

O primeiro deles é que o vitiligo é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico ataca erroneamente as células pigmentares da pele (melanócitos). Tem também a predisposição genética que pode influenciar o desenvolvimento do vitiligo: alguns estudos mostram que pessoas com histórico familiar de vitiligo ou outras doenças autoimunes têm um risco aumentado de desenvolver a condição.

Certos fatores externos, como exposição a produtos químicos, estresse emocional, traumas físicos ou infecções, tendem a desencadear ou agravar o vitiligo em pessoas predispostas.

Além da teoria autoimune, outras pesquisas sugerem que pode haver uma desregulação mais ampla do sistema imunológico, o que pode contribuir para o desenvolvimento do vitiligo.

Em geral, metade dos casos de pessoas com vitiligo apresentam a condição por volta dos 20 anos. O mais comum é que ele comece entre 20 e 30 anos. Nos mais maduros, é menos comum surgir, mas ainda pode aparecer após os 60 anos.

Quais são as complicações do vitiligo?

Embora o vitiligo em si não seja uma condição de saúde física grave, ele pode levar a várias complicações:

Impacto psicológico e emocional

O vitiligo costuma ter um efeito significativo na autoestima e na qualidade de vida das pessoas que o desenvolvem. A aparência das manchas brancas pode causar ansiedade, autoestima baixa, depressão e estresse, especialmente devido à percepção estética e à reação dos outros.

Isso pode levar a experiências de discriminação ou estigmatização social e afetar as interações sociais.

Exposição ao sol e sensibilidade da pele

As áreas afetadas pelo vitiligo tem pouco ou nenhum pigmento, tornando a pele mais suscetível a queimaduras solares e danos causados pela exposição ao sol. É importante usar protetor solar e tomar precauções adicionais para proteger essas áreas.

Risco de outras condições autoimunes

Pessoas com vitiligo podem ter um risco aumentado de outras doenças autoimunes, o que torna essencial monitorar a saúde geral e realizar exames regulares.

Os tratamentos para vitiligo

Mesmo que não haja cura para a condição, há algumas boas possibilidades de tratamento, que podem ser mais eficientes em um ou outro, por isso, é preciso se consultar com dermatologistas especializados. Podemos falar de:

Tratamentos tópicos com cremes e pomadas com corticosteroides que conseguem ajudar a reduzir a inflamação e a melhorar a pigmentação em alguns casos.

Fototerapia: existem alguns tratamentos com exposição à luz UVA que podem estimular a repigmentação da pele.

Transplante de melanócitos: aqui cito um tratamento cirúrgico no qual células pigmentares são retiradas de áreas com pigmentação normal e transplantadas para áreas afetadas.

As manchas podem sumir?

Sim, em muitos casos, as manchas de vitiligo podem melhorar ou até desaparecer com tratamento, mas o resultado varia de pessoa para pessoa.

A resposta ao tratamento pode depender de vários fatores, como tempo de evolução da doença, extensão das manchas de vitiligo e sucesso do tratamento.

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