A defesa do presidente afastado da Apae de Bauru Roberto Franceschetti Filho pediu à Justiça, nesta terça-feira (27), a revogação da prisão temporária dele. O pedido não tem prazo para ser analisado. Franceschetti está preso desde o último dia 15, suspeito de envolvimento no desaparecimento da secretária executiva da Apae Claudia Regina da Rocha Lobo, 55 anos, que ocorreu no último dia 6. A Polícia Civil informou que ela foi morta e teve o corpo queimado por pelo menos quatro dias, na zona rural de Bauru.
Em entrevista coletiva realizada durante a manhã, os advogados Lucas Martins, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile reafirmaram que o presidente afastado da Apae se declara inocente. Eles tratam o caso como um desaparecimento e refutam informação de que seu cliente tenha feito qualquer tipo de confissão informal à Polícia Civil.
Os defensores também disseram que trabalham em uma investigação defensiva e apontam uma suposta não preservação, por parte da Polícia Militar (PM), da Spin conduzido por Claudia Lobo (e posteriormente por Franceschetti, segundo a Polícia Civil) quando a secretária saiu da Apae, no dia de seu desaparecimento, em 6 de agosto.
O veículo foi encontrado no dia seguinte, na quadra 5 da alameda Três Lagoas, na Vila Dutra. Dentro dele, a Polícia Civil encontrou manchas de sangue e um estojo de calibre 380. Uma pistola de mesmo calibre foi apreendida no cofre da casa do presidente afastado da Apae e exame de balística revelou que o estojo foi disparado dela.
Com relação aos "adiantamentos a fornecedores" em dinheiro, feitos por Franceschetti a Claudia, onde ele usava a conta bancária pessoal dele para movimentar o patrimônio financeiro da entidade filantrópica, os advogados afirmaram, na coletiva, que tratam-se de adiantamentos relativos a férias, salários e também décimo terceiro.
A 3.ª Delegacia de Investigações de Homicídios da Divisão Especial de Investigações Criminais (Deic) de Bauru aguarda o resultado de exame de confronto de DNA para saber se o sangue encontrado na Spin é de Claudia e também exame que irá apontar se materiais apreendidos em uma área rural são fragmentos de ossos da secretária.
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