COLUNISTA

Fazendo a escolha certa


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Há quase dois anos utilizei esta coluna para refletir sobre escolhas que as pessoas fazem na vida. Naquele já distante novembro de 2022 me apoiei em uma notícia de que duas ativistas da causa ecológica haviam conspurcado com sopa de tomate o célebre quadro Os Girassóis, do aclamado pintor Vincent Van Gogh, exposto na National Gallery, icônico museu londrino.

Volto ao tema. Não para repisar a infantiloide, tresloucada e abjeta atitude da dupla inconsequente, mas a fim de meditar sobre a opção que nos é oferecida diária e constantemente acerca de como viver o presente em função da vida futura.

Inicialmente é preciso considerar que Deus não nos fez autômatos, de forma a agirmos segundo a Sua vontade ao simples apertar de um botão ou de um comando. Antes, dentre todos os seres, dotou de inteligência exclusivamente o ser humano - ápice da Criação. Fez o homem especial, para exercer domínio sobre todas as outras criaturas (Gênesis 1-26); para cultivar e zelar tudo o que brota da terra (Gênesis 2-15). Deu ao homem uma única ordem: a de desfrutar de todas as maravilhas, exceto a proveniente da árvore do conhecimento do bem e do mal. Estava lançada a primeira opção de que se tem relato, ao ser humano. Obediência e nada mais; era o que bastava. O restante é conhecido. A sedução, a rebelião, a queda. Um importante detalhe porém não deve passar despercebido. O de que Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança. E é para essa configuração inicial que Ele deseja que voltemos por iniciativa própria, não por imposição. Deus anseia pela nossa reaproximação, assim como um pai deseja a retomada de amizade do filho desviado.

A desconstrução do ser humano pleno e perfeito teve origem na desobediência e é claro que tudo o que escolhemos traz consequências. Uma boa escolha normalmente resulta em alegrias; uma má escolha, em problemas e adversidades. É imprescindível saber escolher, em especial quando se trata de optar pela vida ou pela morte. "Hoje coloco diante de vocês a vida e o bem, a morte e o mal" bradou Moisés ao povo hebreu, conforme relatado em Deuteronômio 5.15.

Uma preocupação adicional é com relação aos jovens. Em sua imaturidade e conhecida natureza contestatória, torna-se presa fácil de escolhas duvidosas ou, pior, de consequências desastrosas e permanentes, ainda mais em um mundo tecnológico em que o acesso a todo tipo de manifestação, boa e ruim, está a um clique no celular que todos têm à mão. O salmista, inspirado por Deus, tem a resposta: "De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua Palavra". (Salmo 119.9).

Não há fórmula mágica para a reaproximação de Deus. Não há ocasião a ser preparada ou especial. Qualquer momento é a hora certa. Deus é o mesmo, desde o princípio; e Ele anseia pelo seu arrependimento, pela sua mudança real e demonstrável de comportamento, dando as costas às práticas condenáveis de outrora e adotando postura convergente aos Seus preceitos. Obediência e nada mais; é o que basta.

Diante de tantas opções que a vida apresenta, você escolherá o caminho de obediência ao seu Criador ou seguirá sozinho fazendo o que quiser? Deus permite que você escolha, mas lembre-se de que trilhar os caminhos do Senhor é sempre a melhor opção.

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