A quantidade de candidatos a vereador ou a vereadora caiu 24% neste ano na comparação com as últimas eleições municipais, em 2020, quando Bauru registrou 452 nomes em busca de uma cadeira na Câmara - hoje são 345.
A redução se deve às mudanças na legislação eleitoral aprovadas pelo Congresso. Até 2021 a norma estabelecia um teto de 150% sobre o número de vagas (eram 17 cadeiras). Em números locais, cada partido podia lançar até 25 pessoas.
Hoje a regra estabelece 100% sobre a quantidade de cadeiras na Câmara mais um. Como no ano que vem serão 21 vereadores - quatro a mais do que os atuais 17 -, legendas podem lançar até 22 pessoas neste ano.
O acréscimo de cadeiras no Poder Legislativo foi aprovado no final de 2022 através de uma emenda à Lei Orgânica. Pela legislação federal, de qualquer forma, Bauru comporta até 23 parlamentares - a alteração para 21 foi um "meio termo" encontrado pelos vereadores.
Mas nem todos os partidos conseguiram 22 candidatos para lançá-los à disputa eleitoral. Republicanos, PRD e PP, por exemplo, sairão com 21 nomes; PRTB e Novo terão 20 cada um, enquanto a federação PT-PCdoB-PV terá 19.
A federação PSDB-Cidadania, por sua vez, emplacou 17 candidaturas. O Solidariedade terá 16 e a federação PSOL-Rede outros 12. O PSTU terá apenas dois candidatos, o menor número entre todas as legendas.
Os 345 nomes ainda passarão sob o crivo da Justiça Eleitoral e ainda podem sofrer alteração nos casos de impugnação ou mesmo desistência, por exemplo. Em 2020 houve ao menos 15 registros de candidatura indeferidos.
A análise da Justiça Eleitoral também pode ter outras consequências. Na última eleição municipal, por exemplo, dois candidatos tiveram de alterar seus respectivos nomes de urnas.
Enfrentaram o problema o finado "Paulo Bosta", que morreu no ano passado, e João Bidu. A Justiça considerou o primeiro ofensivo. Já o segundo envolveu possíveis conflitos com o personagem de Maurício de Souza, da "Turma da Mônica".
Neste ano, além de tudo, há também as cotas de gênero. Cada gênero deve representar entre 30% e 70% do total de candidaturas. No cálculo do percentual, as frações resultantes do menor número devem ser arredondadas para cima.
Para eleger seus representantes, porém, as legendas devem atingir o quociente mínimo eleitoral. O número é calculado pela divisão entre a quantidade de votos válidos e o número de vagas a serem preenchidas.
PCO decide lançar nome a prefeito: Paulo Lago
O Partido da Causa Operária (PCO) de Bauru também decidiu lançar candidatura a prefeito e indicou o presidente da legenda, Paulo Lago, para a vaga na disputa eleitoral. Rosana Carlo Geraldo, também do PCO, será a vice na chapa.
A definição, discreta, veio em convenção realizada por videoconferência na noite de 4 de agosto. O PCO vai concorrer de forma isolada - isto é: não lançará nem mesmo candidatos a vereador.
Paulo Lago é irmão do atual presidente do PT municipal, Cláudio Lago, que também sinalizou disposição para concorrer à prefeitura. Mas a federação a que a legenda pertence emplacou Ricardo Crepaldi à disputa.
