BAURU - 128 ANOS

Por onde trilhamos em direção à Comarca

da Redação
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Aldire Guedes
Foto de Bauru ainda em construção; as primeiras famílias eram cariocas e mineiras
Foto de Bauru ainda em construção; as primeiras famílias eram cariocas e mineiras

As primeiras famílias que se aportaram na região de Bahuru (grafia da época) eram predominantemente mineiras e cariocas. Em 1856, Felicíssimo Antônio Pereira e João Batista Monteiro chegam com suas famílias nas terras de Bahuru. Já o colonizador Francisco Rodrigues Campos e sua família foram assassinados pelos índios da região assim que chegaram.

  • O primeiro sinal de religiosidade na então Vila de Bahuru surgiu a partir de uma cruz afixada em 1886 em frente à hoje Catedral do Espírito Santo, na Praça Rui Barbosa.
  • Em 20 de abril de 1888, Faustino Ribeiro da Silva solicitou à Câmara de Lençóis, da qual Bauru era administrativa e politicamente subordinada, verba para a construção de uma igreja. Assim nasceu o primeiro templo católico da cidade, situado entre a atual porta principal da catedral e o coreto.
  • Os mineiros João Baptista de Azarias Leite e Azarias Ferreira Leite chegaram em 1889. Outras famílias mineiras também viriam na mesma época, a exemplo dos Bastos e de João Batista de Carvalho.
  • Em 1894 vem o primeiro nascimento na Vila de Bahuru. Paulino Gomes Barbosa, natural da Bahia, e Ana Maria, de Barra Mansa (RJ), registraram o filho João Paulo.
  • A primeira lei de Bauru foi aprovada em dezembro de 1897, pouco depois da criação do município, e envolvia basicamente um código de postura: regulava, afinal, como as pessoas deveriam se portar durante as sessões legislativas.
  • Em 1898, por sua vez, foi inaugurada a Capela de Nossa Senhora Aparecida. O local ficava em terras de José Lopes de Souza, mas funcionou como capela pública por cinco anos.
  • O decreto 5.349, de 18 de outubro de 1904, estabeleceu que a Estrada de Ferro Noroeste do Brasil teria seu traçado alterado "de modo a partir de Bauru ou de onde fosse mais conveniente no prolongamento da Estrada de Ferro Sorocabana, e terminar em Cuiabá". Depois de vários estudos, a direção da NOB mandou a Bauru o engenheiro Machado de Mello, cujo busto está na praça homônima, para iniciar os trabalhos da nova estrada.
  • Em 1 de julho de 1905 chegava a Bauru o primeiro trem da Sorocabana, inaugurando o trecho de 129 quilômetros de trilhos entre Bauru e Botucatu.
  • As primeiras escolas, antes “grupos escolares”, foram instaladas por volta de 1905. As unidades de ensino eram separadas entre os grupos “masculino” e “feminino” e ministravam disciplinas até a quarta série apenas.
  • “O Bauru”, primeiro jornal impresso da hoje Sem Limites, surgiu em 19 de dezembro de 1906. Foi fundado pelo segundo prefeito da cidade, o jornalista Domiciano Silva, em sociedade com Leôncio Silveira.
  • Em 1907 foi construído o Centro Telefônico de Bauru com a instalação de 50 linhas telefônicas, numa indicação de que Bauru já caminhava rumo à prosperidade. Os postes e a fiação foram implementados nas ruas por ordem do capitão João Antônio Gonlçalves, que também instalou na própria residência os transmissores e foi responsável por dar nome ao empreendimento: Empresa Telefônica Bauruense.
  • O primeiro prédio da Câmara vem em 1908 num prédio ao lado de onde está o hoje conhecido Automóvel Club. O Legislativo foi construído na gestão do prefeito Gérson França, que recebeu uma caneta de ouro em agradecimento.
  • O primeiro serviço público de água de Bauru foi implantado em 1910. A estação de captação estava no Córrego das Flores.
  • A criação da Comarca de Bauru foi promulgada em 16 de dezembro de 1910. Ao meio-dia de 9 de março de 1911 foi instalada a Comarca de Bauru numa sessão solene conduzida pelo juiz Rodrigo Romeiro, o primeiro a ocupar o fórum que hoje leva seu nome.

O juiz Rodrigo Romeiro, primeiro magistrado a ocupar o Fórum

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