Aquecido, o mercado imobiliário de Bauru tem registrado crescimento expressivo, com imóveis novos valorizados em 11,5% e aumento de 31% no volume de vendas em reais no ano de 2023. O avanço foi impulsionado, em boa parte, pela ascensão dos imóveis de padrão luxo, cuja participação no total comercializado saltou de 2% para 21% em apenas 12 meses.
Em contrapartida, o segmento de médio e alto padrão (MAP) desacelerou de 27% para 7% e o econômico respondeu por 72%, conforme aponta pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), com base em dados da GeoBrain.
Segundo o levantamento, no Interior do Estado, os preços de novos imóveis registraram expressiva valorização, com destaque para Santos (13,3%), Piracicaba (12,9%), Araraquara (12,6%), Campinas (12,6%) e Bauru (11,5%). A associação aponta que o cenário reflete uma tendência interessante, indicando que pessoas e famílias de alta renda estão optando por residir em cidades interioranas que oferecem boa infraestrutura e qualidade de vida.
Em Bauru, o preço médio do metro quadrado avançou de R$ 6.148,00 para R$ 6.857,00, quantia que chega a R$ 11.226,42 para imóveis de luxo, com preço de venda acima de R$ 1,5 milhão. Já o metro quadrado de unidades MAP fica em R$ 9.024,76 e, entre as econômicas, com preço de venda de até R$ 500 mil, em R$ 5.825,60.
"Cada vez mais, os investidores vão querer comprar ativos imobiliários em cidades do Interior, que ainda têm um preço de metro quadrado inferior em relação às grandes capitais brasileiras, tornando-se, assim, uma grande oportunidade", avalia Luiz França, presidente da Abrainc.
E, em Bauru, muitas pessoas já sabem dos ganhos que este tipo de investimento pode trazer. Somente em 2023, o Valor Global de Vendas (VGV) de novos imóveis alcançou R$ 680 milhões, uma alta de 31% em relação ao resultado de 2022.
Diretor regional do Secovi de Bauru, Bruno Pegorin pontua que comprar um imóvel pode ser uma boa alternativa não apenas para morar, mas também para quem quer ampliar sua renda mensal ou fazer um investimento de longo prazo. Isso porque, além de representarem baixo risco de perdas, os ativos imobiliários trazem boa taxa de retorno, rendendo, em média 12,2% ao ano, segundo cálculo da Abrainc.
O número considera os índices da valorização do imóvel comprado na planta somado o ganho com aluguel. "O mercado de imóveis, apesar de não ter liquidez (rapidez na obtenção do rendimento), é mais seguro do que outras aplicações financeiras. Imóveis promovem o que chamamos de rendimento de longo prazo, gerando lucro, seja pelo aluguel ou por sua valorização no ciclo de 42 meses, entre o pré-lançamento e a entrega", afirma.
A pesquisa da Abrainc mostra ainda que o Centro da cidade e o Parque Residencial Camélias alcançaram os maiores VGVs médios lançados, totalizando, respectivamente, R$ 294,2 milhões correspondentes a 350 moradias e R$ 147,3 milhões a 612 habitações. Já a Vila Aviação e Vila Cidade Universitária destacam-se entre os bairros com metro quadrado mais valorizado, ambos, em média, a R$ 11,8 mil.