![Unesp declarou que trabalha para transformar Universidade em uma 'trincheira de resistência e luta contra o ódio e o preconceito'](https://sampi.net.br/dir-arquivo-imagem/2024/07/902fe02e7dd95962b26a9b068b68bfe7.jpg)
Botucatu - Após a identificação de uma pichação com teor racista em um dos banheiros da Biblioteca da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu (100 quilômetros de Bauru), no Distrito de Rubião Júnior, a Universidade emitiu uma nota de repúdio e pediu que denúncias sobre os autores ou eventuais informações sobre grupos disseminadores de ódio e preconceito sejam relatadas à presidência do Campus.
Na nota, publicada nesta quinta-feira (18), a Unesp diz que o Grupo Administrativo do Campus (GAC) e a direção das unidades universitárias tomaram conhecimento da "pichação ofensiva e deplorável", com a frase: "enf curso de preto", supostamente contra estudantes do curso de enfermagem, com "indignação e tristeza".
A data em que o fato ocorreu não foi informada na nota. "Acintosamente racista e carregada de sexismo e elitismo, trata-se de uma ação profundamente perturbadora e contrária aos valores de igualdade, respeito e diversidade que defendemos", cita o documento.
"Diante desse lamentável episódio, manifestamos nosso veemente repúdio. Assim que foi informada, imediatamente a presidência do Campus adotou as medidas para remoção do conteúdo ofensivo e limpeza do local. É inaceitável que manifestações dessa natureza persistam em nossa sociedade".
A Unesp declarou que trabalha para transformar a Universidade em uma "trincheira de resistência e luta contra o ódio e o preconceito" e que tem como compromissos prioritários o enfrentamento a toda forma de discriminação e a promoção da inclusão e igualdade.
"Neste momento, expressamos nossa solidariedade a todos, todas e todes afetados por este lamentável episódio. Reforçamos nosso compromisso em trabalhar incansavelmente para erradicar o racismo e todas as formas de discriminação de nosso campus. Não pouparemos esforços nessa luta", afirma a nota.
"Ao mesmo tempo em que nos solidarizamos com as vítimas dessa agressão, lamentamos a dificuldade em identificar os responsáveis. Pedimos à comunidade que, caso haja conhecimento ou suspeitas sobre a autoria, assim como informações sobre grupos disseminadores de ódio e preconceito, que isso seja comunicado à presidência do Campus, diretamente ou através da Ouvidoria", completa.