COLUNISTA

Fui assistir Divertidamente

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Divertidamente 2 explora a regulação emocional, mental e cognitiva e a construção da identidade. O que podemos aprender? Qual é a visão de mundo apresentada pelo filme? Divertidamente, lançado em 2015, foi um sucesso global. Agora, em Divertidamente 2, Riley tem 13 anos e está entrando na adolescência. O botão de alerta é acionado, surgem novas emoções que fazem a menina enxergar o mundo de outra maneira. Quando criança, Riley tinha emoções primárias e bem definidas, mas, à medida que cresce, novas emoções aparecem e um senso de identidade começa a guiar suas decisões.

No primeiro filme, a Alegria dominava a vida de Riley, conduzindo-a a um estado de felicidade simples e descomplicado. No entanto, no segundo filme, Riley começa a enfrentar sérias dificuldades emocionais com a chegada da Ansiedade, que declara: "Agora estou aqui e vou guiar o novo caminho de Riley". Com isso, a Ansiedade começa a controlar sua vida, fazendo com que seu corpo e suas células trabalhem incessantemente com objetivo de ser aceita no novo time de hóquei, seu objetivo na narrativa. À medida que Riley imagina situações que poderiam torná-la desconfortável, surgem fantasias negativas e preocupações incontroláveis, resultando em uma sobrecarga emocional e culminando em uma crise de ansiedade. Riley acaba concluindo: "Eu não sou boa o suficiente, preciso me esforçar em fazer o que o novo grupo quer que eu faça para ser aceita". Essa dinâmica reflete um comportamento comum em que nos tornamos personagens que os outros esperam que sejamos, afastando-nos de nossa verdadeira essência.

Planejar o futuro é primordial, pois nos permite organizar nossos dias e tomar decisões conscientes sobre nossos caminhos. No entanto, no caso de Riley, o planejamento dominado pela ansiedade, se torna descontrolado, deixando-a aflita para lidar com os desafios da adolescência. É crucial entender que uma busca incessante por bem-estar, quando conduzida por uma ansiedade exacerbada, pode se transformar em uma armadilha emocional. No filme, essa armadilha transforma Riley em uma adolescente desesperada, levando-a a comportamentos autodestrutivos como maldade, egoísmo e até mesmo engano. Portanto, é fundamental encontrar um equilíbrio saudável entre o planejamento futuro e o presente, buscando apoio e recursos a evitar que tenhamos uma visão fora da realidade.

A mensagem central do filme convida à reflexão profunda sobre como lidar com a complexidade das nossas emoções. Para uma vida equilibrada e plena, é fundamental desenvolver habilidades para enfrentar os desafios emocionais que permeiam nossa jornada. Em vez de buscar alegria e felicidade a qualquer custo, devemos aprender a enfrentar o sofrimento e as adversidades, pois são essenciais para o crescimento pessoal. A busca incessante pela felicidade, ignorando a inevitabilidade dos momentos difíceis, contribui para a ansiedade que inevitavelmente gera conflitos internos. A ansiedade não resolve os desafios futuros, ao contrário, ela apenas rouba a alegria do presente, como observado por Charles Spurgeon. Assim, aprender a equilibrar as expectativas e lidar com as emoções de forma saudável é essencial para uma vida emocionalmente sustentável e gratificante.

A Bíblia oferece orientações preciosas sobre como lidar com a diversidade de nossas emoções, e a importância de manter a autenticidade e a conexão com nosso verdadeiro eu, apesar das pressões externas, sob uma perspectiva cristã. Vejamos algumas delas: ALEGRIA: Filipenses 4.4 nos ensina a nos alegrarmos sempre no Senhor, destacando a importância de encontrar alegria na fé. MEDO: Isaías 41.13 nos conforta ao afirmar que Deus nos segura pela mão direita e nos encoraja a não temer, pois Ele está conosco para ajudar. RAIVA: Provérbios 15.1 nos aconselha sobre a resposta calma que pode dissipar a ira, contrastando com palavras ásperas que podem provocar conflitos. NOJO: Ezequiel 6.9 fala sobre do nojo causado por práticas corruptas, destacando a importância da pureza moral e espiritual. TRISTEZA: Salmo 43.5 nos encoraja a depositar nossa esperança em Deus mesmo em tempos de tristeza, lembrando que Ele é nosso Salvador e fonte de consolo. ANSIEDADE: I Pedro 5.7 nos exorta a lançar toda nossa ansiedade sobre Jesus, confiando que Ele cuidará de nós. VERGONHA: Romanos 1.16 nos incentiva a não nos envergonharmos do evangelho, pois é o poder de Deus que traz salvação àqueles que creem. INVEJA: Gálatas 5.26 nos adverte contra a inveja e a busca por glória vazia, incentivando-nos a viver em harmonia e paz com os outros. Esses versículos bíblicos não apenas oferecem conselhos práticos para lidar com nossas emoções, mas também nos orientam a cultivar uma vida emocional equilibrada e alinhada com os princípios e as bênçãos de Jesus.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

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