ECONOMIA

Contas públicas: segundo pior mês da série histórica

Por Reinaldo Cafeo |
| Tempo de leitura: 4 min

E o descontrole das contas públicas brasileira continua sendo a tônica no ambiente econômico. O déficit de maio deste ano é o segundo pior da série histórica. As contas do governo federal brasileiro registraram um déficit primário de R$ 60,98 bilhões em maio deste ano. O déficit primário ocorre quando as receitas com tributos e impostos ficam abaixo das despesas do governo (não incluindo os gastos com o pagamento de juros da dívida pública). Para contextualizar, aqui estão os números principais: receita líquida: R$ 164,49 bilhões e despesa total: R$ 225,47 bilhões. Esse foi o segundo pior resultado para meses de maio desde o início da série histórica, em 1997, perdendo apenas para 2020, que foi o ano da pandemia da Covid-19.

Arrecadação continua em alta

Apesar do bom desempenho da arrecadação, que atingiu um recorde histórico de R$ 203 bilhões, o déficit persistiu. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram um superávit primário de R$ 29,99 bilhões, mas houve uma piora em relação ao mesmo período do ano passado. O governo busca zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), embora o mercado financeiro projete um déficit em torno de R$ 80 bilhões para 2024. Vale ressaltar que, pelas regras fiscais, há uma margem de até R$ 28,8 bilhões para cima ou para baixo da meta fiscal, considerando o Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Ata do COPOM aponta aperto monetário

A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) destacou que a decisão de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, foi unânime após o comitê avaliar um cenário de surpresas no mercado de trabalho e na atividade econômica, que têm divergido do cenário de desaceleração previsto. Segundo a ata do Copom, houve uma nova elevação das projeções de inflação tanto para 2024 quanto para 2025. As expectativas de inflação, retiradas da pesquisa Focus, apresentaram desancoragem adicional desde a reunião anterior. "O cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada", afirmou o Comitê. O Copom também destacou que o cenário externo se mantém adverso, relacionado à visão dos agentes de mercado de que as taxas de juros em países desenvolvidos permanecerão elevadas por um período mais longo. "O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos e quanto à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países", ressaltou o Comitê.

Decisões do Conselho Monetário Nacional

O Conselho Monetário Nacional (CMN) tomou duas importantes decisões relacionadas à meta de inflação no Brasil: 1) Meta de Inflação para 2025 e 2026: o CMN definiu a meta de inflação em 3% para os anos de 2025 e 2026. Essa meta representa o objetivo de controle da inflação pelo Banco Central e é considerada cumprida se a variação anual do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficar dentro de uma faixa de 1,5% a 4,5%. 2) Mudança para Meta Contínua: a partir de 2025, a meta de inflação será contínua, permanecendo no patamar de 3%.

Meta contínua?

A meta contínua é um conceito utilizado em política monetária e refere-se a uma abordagem flexível para o controle da inflação. Nesse sistema, a meta de inflação não é fixada para um período específico (como um único ano), mas permanece constante ao longo do tempo. Os principais pontos sobre a meta contínua: estabilidade e previsibilidade: com a meta contínua, o objetivo é manter a inflação dentro de um intervalo aceitável de forma permanente. Isso proporciona estabilidade e previsibilidade para a economia, pois os agentes econômicos (como empresas e consumidores) sabem que a meta será mantida constantemente.

Gasolina ou Etanol?

Escolher entre etanol e gasolina depende de alguns fatores importantes. Vou simplificar o processo para você: 1. Cálculo Básico: divida o preço do litro do etanol pelo da gasolina. Se o resultado for inferior a 0,7, use etanol. Se for maior que 0,7, opte pela gasolina. 2. Consumo do Veículo: consulte o manual do proprietário para verificar o consumo específico do seu carro com cada combustível. Lembre-se de que essa diferença varia de modelo para modelo. Lembre-se de verificar os preços atuais e o consumo específico do seu veículo para tomar a melhor decisão.

Mude já, mude para melhor!

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