Relutância

Apesar da aprovação do reajuste salarial aos servidores da Câmara com elevação do vale-compras para R$ 1.400, a direção da Casa reluta em pagar o valor por temer problemas judiciais em razão do ano eleitoral - a avaliação é de que neste período só pode haver o reajuste inflacionário. O Sinserm já oficiou o Legislativo sobre se vai ou não cumprir o previsto na lei aprovada.

Dotta Júnior

A respeito da nota publicada por esta coluna sobre o incômodo da oposição com a postura do advogado Milton Dotta Júnior, consultor jurídico da Câmara e advogado do PSD de Júnior Rodrigues em pelo menos três causas no ano passado, ele afirmou a Entrelinhas: "Também fui advogado na prestação de contas da Estela Almagro - eleições 2020 - e também tive a honra de atuar como advogado do Clemente Rezende nas eleições de 2020 até sua renúncia".

Análise

O vereador Eduardo Borgo (Novo) afirmou na sessão extraordinária desta quinta-feira (leia mais na página 3) que analisou as imagens da reunião de segunda, quando da tumultuada votação que aprovou a concessão do sistema de esgoto do município, e percebeu que o presidente da Casa, Júnior Rodrigues (PSD), orientou várias e várias vezes o colega Beto Móveis (Republicanos) sobre como ele deveria votar em determinadas proposituras.

Contexto

O presidente, que é ex-líder da prefeita Suéllen Rosim (PSD) na Casa, orientou o colega porque Beto muitas vezes não sabe a maneira como a base do governo vai se posicionar frente a determinados projetos. Já houve vezes, por exemplo, em que Beto - que costuma ser o primeiro a votar por se chamar Antônio Carlos Domingues - fez confusão e votou contra a orientação do governo.

Postura

Beto, por sinal, discursou pouquíssimas vezes na tribuna da Câmara desde que assumiu o mandato. E deixa a sessão sem esperar sequer a fase dos oradores pessoais - as declarações na tribuna que duram cinco minutos ao final da reunião legislativa.

Não engoliu

O vereador Coronel Meira (Novo) não digeriu as críticas que Markinho Souza (MDB) fez ao Departamento de Água e Esgoto (DAE) afirmando que a autarquia nada fez para evitar a catástrofe que Bauru hoje vive com relação ao abastecimento de água. Meira vê na postura do emedebista uma "fritura" que prepara o terreno para que a prefeita Suéllen demita o dirigente Leandro Joaquim. "Você vai cair nos próximos dias", alertou o vereador, em fala dirigida ao presidente do DAE.