COLUNISTA

Domingo do Bom Pastor e Dia Mundial de Oração pelas Vocações

20/04/2024 | Tempo de leitura: 4 min

Este quarto Domingo da Páscoa é o Domingo do Bom Pastor e o Dia da Jornada Mundial de orações pelas vocações. A inspiração para estas comemorações vem do Evangelho da Missa deste quarto Domingo da Páscoa - Jo 10,11-18. Jesus se apresenta dizendo: "Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas". Ele enfatiza que não é como um mercenário que "vê o lobo chegar, abandona-as e foge". Mas, como bom pastor, conhece as suas ovelhas; elas o conhecem e torna a repetir que ele dá a sua vida por elas. Diz que o bom Pastor tem outras ovelhas, "que não são deste redil", as quais, porém, devem ser conduzidas por ele; "elas escutarão a sua voz e haverá um só rebanho e um só pastor". Fechando esta sua declaração como bom Pastor, Jesus afirma que: "É por isso que meu Pai me ama, porque dou a minha vida... Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente".

No Domingo do Bom Pastor o Papa Francisco nos convida a entrar em comunhão de orações com a Igreja do mundo todo pelas vocações. O Papa nos enviou sua mensagem para este 61º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, centrada no tema: "Chamados a semear a esperança e a construir a paz". Nesta sua mensagem ele acentua que devemos em primeiro lugar: "recordar, com gratidão, diante do Senhor o compromisso fiel, cotidiano e muitas vezes escondido daqueles que abraçaram uma vocação que envolve toda a sua vida". Ele pensa nas mães e pais que dedicam a sua vida ao cuidado dos filhos e seu crescimento. Pensa em todos que realizam o seu trabalho, em diferentes campos e de vários modos: "para construir um mundo mais justo, uma economia mais solidária, uma política mais equitativa, uma sociedade mais humana, isto é, em todos os homens e mulheres que se dedicam ao bem comum". Pensa nas pessoas consagradas, homens e mulheres, que oferecem a sua existência ao Senhor quer no silêncio da oração no claustro quer nas atividades apostólicas, servindo com criatividade o seu carisma e colocando-o a serviço da comunidade. Pensa naqueles que acolheram a chamada ao sacerdócio ordenado - diáconos, padres e bispos - para se dedicarem ao anúncio do Evangelho, repartirem a sua vida, juntamente com o Pão Eucarístico, pelos irmãos, semeando esperança e mostrando a todos a beleza do Reino de Deus. Ele se dirige especialmente aos jovens para lhes dizer: "Deixai-vos fascinar por Jesus, dirigi-Lhe as vossas perguntas importantes, através das páginas do Evangelho, deixai-vos desinquietar pela sua presença que sempre nos coloca, de forma benfazeja, em crise. Jesus respeita mais do que ninguém a nossa liberdade, não Se impõe mas propõe-Se: dai-Lhe espaço e encontrareis a vossa felicidade no seu seguimento..."

O Papa Francisco lembra-nos que: "somos povo de Deus em caminho pelas estradas da vida, animados pelo Espírito Santo e inseridos como pedras vivas no Corpo de Cristo", formando uma grande família, vocacionada a viver: "unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade". Por isso, este Dia de Oração pelas Vocações: "traz a marca da sinodalidade: há muitos carismas e somos chamados a escutar-nos reciprocamente e a caminhar juntos para os descobrir discernindo aquilo a que nos chama o Espírito para o bem de todos". Convida-nos especialmente à oração pelas vocações, como Jesus mesmo nos ensinou: "Rogai ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe" (Lc 10,2).

O Papa diz que devemos ser: "peregrinos de esperança e construtores de paz". Para atingir esse destino é preciso concentrar-se no momento presente, partir todos os dias, recomeçar sempre de novo, sem desanimar, apesar das dificuldades e desafios a superar. Jamais perder de vista que a finalidade de cada vocação é: "tornar-se homens e mulheres de esperança". A esperança cristã tem o seu centro propulsor na Ressurreição de Cristo, que: "contém uma força de vida que penetrou o mundo. Onde parecia que tudo morreu, voltam a aparecer por todo o lado os rebentos da ressurreição... Então ser peregrinos de esperança e construtores de paz significa fundar a própria existência sobre a rocha da ressurreição de Cristo". Que cada um de nós se lembre que, independentemente de qual seja o seu estado de vida: "pode ser com a ajuda do Espírito Santo, um semeador de esperança e paz".

O Papa enfatiza que cada um de nós deve ter: "a coragem de se envolver" para levantar e pôr-se logo a descobrir a própria vocação na Igreja e no mundo e tornar-se peregrino de esperança e artífice da paz. Ele termina sua mensagem apontando para o exemplo de Maria quando levantou e logo foi visitar Isabel. Que: "possamos comunicar boas novas de alegria, gerar vida nova e ser artesãos de fraternidade e de paz".

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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