Na comparação com janeiro de 2024, a produção industrial brasileira retraiu 0,3%. Esse é o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando uma queda de 1,8% nos dois primeiros meses do ano. Os dados indicam que o setor continuará em ritmo fraco, contribuindo pouco para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024.
Expansão na comparação em 2023
Na série sem ajuste sazonal, comparando com o mesmo mês do ano anterior, a produção industrial cresceu 5,0% em fevereiro de 2024. Esse é o sétimo resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação. Além disso, o setor industrial apontou uma expansão de 4,3% nos dois primeiros meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023.
Juros nos Estados Unidos
Sob expectativas de novos sinais sobre o horizonte de corte dos juros nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apenas reiterou, em discurso, que o banco central dos Estados Unidos "tem tempo" para deliberar em relação a redução das taxas. Segundo ele, a economia americana está aquecida e os últimos dados de inflação elevados. "As leituras recentes sobre ganhos de emprego e inflação ficaram acima do esperado", disse Powell, durante apresentação na Stanford Graduate School of Business. Ele reforçou que a taxa básica atingiu o pico no ciclo atual e lembrou que a maioria dos integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) espera que os juros comecem a cair em algum momento neste ano.
Juros altos lá, em queda aqui
Pelo menos mais um corte de 0,5 ponto percentual é previsto na taxa básica de juros aqui no Brasil. Depois podem ocorrer quedas menores. Atualmente em 10,75% ao ano, a projeções do mercado apontam para uma taxa entre 8,5% e 9,0% ao ano na virada do ano. imaginemos que caia 0,5 p.p. na próxima reunião, a taxa atingiria 10,25% ao ano. Para atingir 9% em dezembro, seriam necessárias cerca de 5 quedas de 0,25 pp neste ano. Tudo dependerá do controle inflacionário. Vale destacar que o diferencial de juros favorável aos Estados Unidos mexe com a taxa de câmbio, o que pode provocar alta nos preços internos (via indexação com o dólar) e adiar quedas nos juros. Há ainda a questão fiscal no radar. Enfim, o tempo indicará qual será o patamar de juros aqui no Brasil.
Descubra como a Receita Federal identifica sonegação de IR
A Receita Federal (RF) está sempre atenta aos casos de sonegação de impostos, e um dos seus principais instrumentos para isso é o cruzamento de informações. A RF verifica dados de diferentes fontes para identificar inconsistências. Isso pode ser feito com informações de clínicas medidas, por exemplo, também junto aos cartórios e instituições financeiras. Caso sejam encontradas inconsistências a RF irá notificar o contribuinte para apresentar provas para justificar os gastos e eventual movimentação financeira sem a devida comprovação de renda. Caso o contribuinte não consiga comprovar ele poderá ser multado e até mesmo preso por sonegação fiscal. Tudo atenção é pouca.
Estudo aponta o valor de perdas da Petrobras
A Petrobras teria perdido R$ 9,4 bilhões de receita bruta entre maio do ano passado e março deste ano, após ter abandonado em 2023 a política de preço de paridade de importação (PPI) de combustíveis, segundo estudo da associação de refinarias privadas Refina Brasil.
A associação - formada pela Acelen, dona da Refinaria de Mataripe na Bahia, e outras companhias, como a Ream e a 3R - avalia que as suas empresas vêm sendo prejudicadas pela falta de previsibilidade dos reajustes da Petrobras, além do que considera um represamento de preços pela estatal. A entidade, que reúne refinarias que respondem por cerca de 20% da produção de derivados do país.
Aumento da inadimplência
Os brasileiros ficaram tanto mais endividados quanto mais inadimplentes na passagem de fevereiro para março, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de família com contas a vencer passou de 77,9% em fevereiro para 78,1% em março, apontou Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). No tocante a inadimplência, após cinco meses seguidos de recuos, a fatia de consumidores com contas em atraso aumentou, passando de 28,1% em fevereiro para 28,6% em março. As famílias mais pobres puxaram a inadimplência no período. No grupo com renda familiar mensal de até três salários mínimos, a proporção de endividados subiu de 79,2% em fevereiro para 79,7% em março. A queda na taxa de juros justifica em parte este quadro.
Mude já, mude para melhor!
A língua que mente com frequência acaba por perder a capacidade de dizer a verdade. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!