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INCLUSÃO
‘Melhor tratamento para o autismo é o amor’, diz mãe de garoto com TEA
Lucas Sartorelli, morador de Igaraçu do Tietê, aprendeu a falar e a interagir após educação inclusiva em escola pública
03/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Arquivo Pessoal
Igaraçu do Tietê - Quando Lucas Sartorelli, 9 anos, começou a frequentar o Ensino Fundamental comum de uma escola pública em Igaraçu do Tietê (71 quilômetros de Bauru), há três anos, sua mãe, a comerciante Tereza Cristina, 36 anos, não imaginava o salto que o comportamento do filho, diagnosticado como autista nível 3 de suporte, teria. Sem conseguir verbalizar uma palavra sobre coisas simples, como pedir para beber água ou ir ao banheiro, o garoto sofria e frequentar a escola regular era visto como um imenso desafio. Esse cenário mudou completamente após a figura das profissionais de apoio escolar, também chamadas de cuidadoras, ser inserida na educação inclusiva da escola em que ele estuda, com parceria da Conviva Serviços, entidade privada que atende alunos com deficiência em unidades de ensino públicas pelo país.
Em abril, mês da Conscientização Mundial sobre o Autismo, a educação inclusiva é uma conquista a ser comemorada por meio de histórias inspiradoras e de esperança, como a de Lucas. "Meu filho sempre foi afetuoso, mas não falava. Não conseguia verbalizar, pedir o que queria ou precisava, por isso chorava muito e ficava agitado", conta a mãe. "Agora, ele vai para a escola animado e, além de ficar até o fim da aula, faz as atividades, interage com os coleguinhas, com a professora e até na lousa vai, na frente de toda a sala de aula. É emocionante".
Evolução que é confirmada pela pedagoga Jéssica Caroline Paes, profissional que também atua na supervisão da Educação Especial em Igaraçu do Tietê. Ela atribui o desenvolvimento intenso do garoto à parceria entre município, escola e a Conviva Serviços. "Entendemos que a educação inclusiva não é aquela que só matricula e insere o aluno, mas sim a que inclui, que dá condições para que ele acesse o ensino de forma plena, segura e digna", reforça.
E o segredo para lidar com o autismo de forma mais assertiva, explica a cuidadora de Lucas, Natalia Adriano, está na relação de afeto construída com os estudantes assistidos. "Até nos dias em que o Lucas está mais manhoso, eu pergunto o que foi e ofereço um abraço e brincamos. São os detalhes que fazem a diferença", observa Natalia, que integra equipe de profissionais da Conviva Serviços.
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