LUTO

Morre aos 83 anos o historiador e ex-secretário Irineu Azevedo Bastos, em Bauru

Filho do ex-prefeito Irineu Bastos, ele incentivou colaborou com a preservação da história de Bauru e região

Por Gilmar Dias | 12/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

JC Imagens

Irineu Azevedo Bastos em conversa com o JC no Café com Política sobre um de seus livros
Irineu Azevedo Bastos em conversa com o JC no Café com Política sobre um de seus livros

Morreu no início da noite desta terça-feira (12), aos 83 anos de idade, o ex-secretário de Administração de Bauru Irineu Azevedo Bastos. Ele atuou no cargo na gestão do ex-prefeito Tidei de Lima (1993-1996). Formado em Direito pela ITE (Instituição Toledo de Ensino), Irineu também atuou como pesquisador sobre a história de Bauru, sua cidade natal, formando par com o historiador e memorialista Gabriel Ruiz Pelegrina (in memorian). O velório acontece a partir das 8h desta quarta-feira (13) no Centro Velatório Terra Branca. Ele será sepultado às 15h30 desta quarta-feira (13), no Cemitério da Saudade.

Bastos foi colaborador do Jornal da Cidade por muitos anos, sempre comentando sobre os primeiros e autênticos registros do município e sua região. Sobre a história da “Cidade Sem Limites”, escreveu, entre outros livros, “Sertão Noroeste: o Poder Municipal na República Velha” (Edipro – Edições Profissionais Ltda., 1ª Edição/2000). Foi membro efetivo da Academia Bauruense de Letras e mestre em Assentamentos Humanos pela Unesp (Universidade Estadual Paulista).

Em parceria com Gabriel Ruiz Pelegrina, assinou, entre outras, duas publicações: “Bauru: origens históricas” (Canal 6 Editora, 1ª edição/2015) e “Aviação em Bauru no Século Passado – Fragmentos Históricos” (Canal 6 Editora, 1ª edição/2018).

Embora fosse filho do ex-vereador e ex-prefeito Irineu Bastos (gestão 1960-1964), Irineuzinho, como era carinhosamente chamado pelos mais próximos ­– principalmente por moradores mais antigos da Vila Falcão, bairro do qual era nativo – nunca disputou qualquer cargo político/eletivo. Sempre dizia que jamais seria picado pela “mosca azul” e que sua intenção era ser um colaborador no desenvolvimento de Bauru, independentemente de ideologia político partidária. Devido a esse comportamento, ganhou respeito e transitou em todos os espectros.

Por um período, residiu em São Paulo e se especializou em Administração e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), instituição na qual lecionou. Ainda na Capital, foi diretor do Instituto de Energia Atômica (Ipen) e atuou como fiscal de rendas no Estado de São Paulo.

De volta a Bauru, além da Secretaria de Administração, foi chefe de Gabinete do Executivo e consultor financeiro da Câmara de Vereadores, que o homenageou com uma Moção de Aplausos em 2009. A Acib (Associação Comercial e Industrial de Bauru) o elegeu como Destaque Personalidade, em 2017.

Foi casado com a professora Janira Fainer Bastos (in memorian) – que lecionou na Unesp e comandou a Secretaria de Cultura de Bauru na estão do ex-prefeito Rodrigo Agostinho –, com quem teve os filhos Marcus Fainer Bastos, jornalista e professor da PUC-SP, e Janaina Fainer Bastos, jornalista e produtora Cultural. O corpo será velado no Centro Velatório Terra Branca, de onde sairá para sepultamento.

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