Esta semana, a França tornou-se o primeiro país do mundo a incluir o direito ao aborto em sua Constituição, um marco simbólico representado por faixas em torno da Torre Eiffel com a frase "Meu corpo, minhas regras". Atualmente, mais da metade da população francesa se identifica como ateia, enquanto o Islã tem registrado um crescimento significativo. Dos 67 milhões de franceses, aproximadamente 19 milhões são muçulmanos ou filhos de muçulmanos, representando quase um terço da população. No entanto, o país enfrenta uma queda na taxa de natalidade, atingindo o menor índice desde a Segunda Guerra Mundial. Essa tendência é exacerbada pelo fato de que agora as mulheres têm o direito legal de abortar livremente. É importante destacar que, devido às suas crenças religiosas, o aborto não é uma prática adotada pela população muçulmana. Essa situação revela um paradoxo: enquanto a população pós moderna defende o aborto como uma conquista dos direitos individuais, o país como um todo enfrenta um declínio populacional e um envelhecimento da sociedade. Alguns críticos já alertam que, se essa tendência persistir, a França tal como a conhecemos poderá desaparecer em apenas algumas décadas, sendo substituída por outra cultura extremista e conservadora. Assim, essa questão transcende o debate sobre o direito ao aborto e lança luz sobre questões mais amplas, como identidade cultural, demografia, valores sociais e preservação da civilização.
O debate sobre o aborto gera intensos embates entre as perspectivas pró-vida e pró-escolha. Na esfera dos direitos humanos, a defesa do nascituro evoca paralelos como a luta histórica contra a escravidão. Se reconhecermos a humanidade intrínseca do feto, a sua proteção deve ser tratada com a mesma seriedade que a questão da escravidão. Assim como regimes passados negaram os direitos dos negros, sistemas legais que desconsideram a humanidade do feto podem resultar em injustiças e violações dos direitos humanos mais básicos, como o direito à vida.
Esse assunto deve ser analisado à luz dos direitos humanos, questionando se as leis em vigor estão alinhadas com esses princípios fundamentais. A defesa da vida do nascituro não busca controlar a vida das pessoas ou impor valores pessoais, mas sim proteger a dignidade e os direitos básicos de todo ser humano, desde a concepção. A luta pró-vida não é motivada por preconceitos, mas pelo compromisso com a justiça e os direitos humanos, assegurando que os mais vulneráveis sejam protegidos. Da mesma forma que os opositores da escravidão defendiam a igualdade e a dignidade de todos, os defensores da vida buscam valorizar e respeitar cada vida humana, desde a concepção até a morte natural. Portanto, ao discutirmos o aborto e outras questões éticas, devemos fazê-lo considerando a importância de proteger a vida e a dignidade de todos os seres humanos.
Se você discordar da minha posição, respeito sua prerrogativa. No entanto, o encorajo a considerar intelectualmente a questão fundamental: o nascituro é um ser humano? Se você puder demonstrar racionalmente que não há motivo para acreditar que o nascituro é um ser humano, então sua posição será justificada. Para mim o aborto não é apenas uma questão de escolha pessoal, assim como a escravidão não era. Não se trata do que uma mulher pode fazer com seu corpo, pois as leis restringem certas liberdades em circunstâncias específicas. O cerne da questão é a defesa dos direitos humanos. É lamentável que muitos tenham desviado o foco dessa questão crucial.
A inclusão do aborto na Constituição francesa reflete uma preocupante inversão de valores. Embora a França tenha como lema "Liberté, Égalité e Fraternité" (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), esses valores não parecem ser aplicados à toda vida. Em tempo, hoje o aborto na França é permitido até 14 semanas e isso não deve mudar. Propostas de permitir o aborto até 9 meses, que tentaram implantar no Brasil, são alarmantes e sem precedentes. É fundamental proteger os direitos dos não nascidos, assegurando que todas as vidas sejam valorizadas desde a concepção.
Embora os eugenistas e, naturalmente, os islâmicos, vejam com otimismo a inclusão do aborto na Constituição francesa, a realidade é preocupante, afinal a França como a conhecemos, em menos de 50 anos, poderá se tornar irreconhecível. Visitem Paris antes que acabe. A Revolução Francesa caminha para seus capítulos finais; o que começou com "o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre" (Jean Meslier), irá terminar com um genocídio em massa dos santos inocentes nos ventres de suas mães. Dizem que as crianças francesas não choram. Choram sim, mas ninguém ouve.
IGREJA BATISTA DO ESTORIL
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