ECONOMIA

Inflação em 2024

Por Reinaldo Cafeo | 13/01/2024 | Tempo de leitura: 4 min

Com a alta de 0,56% em dezembro, a inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), fechou o ano em 4,62%, ficando dentro do limite da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional e perseguida pelo Banco Central. O centro da meta era de 3,25% com tolerância de 1,5 ponto percentual. Devido os desequilíbrios provocados pela pandemia, as metas não foram atingidas em 2021 e 2022.

Dezembro: surpresa

O IPCA de dezembro surpreendeu para cima ao variar 0,56% ante nossa projeção e mediana do mercado em 0,50%. Lembrando que em novembro o índice foi de 0,28%, portanto, dezembro apresentou o dobro em relação ao mês anterior.

As maiores altas e as maiores baixas

No acumulado do ano de 2023 as maiores altas foram: morango 75,66%; pepino: 54,43%; passagem aérea: 47,24%; abobrinha: 44,91%; tangerina: 43,06%; transporte público: 12,67%; plano de saúde: 11,52% e açúcar: 11,2%. Também no acumulado de 2023 as maiores baixas foram: óleo de soja: -28%; cebola: -25,32%; abacate: -22,71%; limão: -15,99%; picanha: -10,69%; músculo: -10,37%; etanol: -8,26% e gás: -6,89%.

Variação por grupos

Na análise por grupos o ano de 2023 apresentou os seguintes resultados: Alimentação e Bebidas: 1,03%; Habitação: 5,06%; Artigos de Residência: 0,27%; Vestuário: 2,29%; Transporte: 7,14%; Saúde e Cuidados Pessoais: 6,58%; Despesas Pessoais: 5,42%; Educação: 8,24% e Comunicação: 2,89%. As maiores influências no IPCA de 4,62% em 2023 foram: gasolina 0,56 ponto percentual (pp); plano de saúde: 0,43 pp; passagem aérea: 0,32 pp e arroz: 0,15 pp.

E em 2024?

A previsão para este ano é que fique dentro da meta máxima que é de 4,75% (meta de 3% 1,5 pp de tolerância). A surpresa negativa de dezembro, o dobro de inflação em relação a novembro, pode impactar na decisão dos juros no fim deste mês. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá nos dias 30 e 31 de janeiro. A taxa Selic está em 11,75% e dentro de uma normalidade, iria fechar o ano em 9%. Pode ser que as quedas sejam mais lentas, não descartando fechar o ano em 9,25% ao ano. Lembrando que se a queda na taxa básica de juros for mais lenta, pode comprometer o crescimento econômico, hoje previsto em 1,5% neste ano.

IPVA

O IPVA dos veículos de passeio com placas com final 3 em diante terão vencimento a partir desta segunda-feira (15). O governo do estado oferece opções de pagamento a vista em janeiro com desconto de 3%, pagamento sem desconto em fevereiro, parcelamentos em três, quatro e cinco vezes dependendo do valor do imposto. No caso do pagamento a prazo o valor mínimo da parcela não pode ser inferior a R$ 70,72, portanto, é este fator que definirá se o parcelamento será mais curto ou mais longo. Para ficar mais fácil de entender, poderá ser parcelado em cinco vezes quando o valor do IPVA for superior a R$ 353,59. Para parcelar em quatro vezes o valor do imposto deverá ser entre R$ 282,88 e R$ 353,59. Para parcelar em três vezes o valor do IPVA deverá ser entre R$ 212,16 e R$ 282,87.

Avaliação financeira do IPVA

Comecemos com a comparação entre o pagamento a vista com 3% de desconto em janeiro e o pagamento único em fevereiro, sem desconto. Obter desconto de 3% a vista equivale a uma taxa de juros de 3,09% ao mês no comparativo com pagamento sem desconto em fevereiro. As aplicações financeiras normais, como poupança e renda fixa, não rendem este patamar, portanto, com dinheiro disponível ou aplicado, a sugestão é pagar à vista. A outra opção é o pagamento em 3 parcelas. Neste caso estamos comparando o valor a vista com desconto de 3% com o pagamento de uma entrada em janeiro e mais duas parcelas mensais, totalizando 3 vezes. A taxa de juros embutida nesta opção é de 3,13% ao mês. O pagamento a vista também é recomendado. Tem ainda o parcelamento em 4 vezes. Aqui a análise é o valor a vista com desconto de 3% com o pagamento de uma entrada em janeiro e mais três parcelas mensais, totalizando 4 vezes. A taxa de juros embutida nesta opção é de 2,07% ao mês. A taxa é inferior as opções anteriores, mas ainda elevada. Recomenda-se pagar à vista. E finalmente tem o parcelamento em 5 vezes (entrada mais 4 parcelas). A taxa de juros embutida nesta opção é de 1,55% ao mês. A menor taxa de juros, contudo, ainda acima da remuneração da renda fixa. Também é recomendado o pagamento a vista.

Mude já, mude para melhor!

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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