COLUNISTA

Ano novo, vida nova

Por Hugo Evandro Silveira | 06/01/2024 | Tempo de leitura: 3 min
E-mail: hugoevandro15@gmail.com
Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril.

A celebração de passagem para um novo ano reserva manias, místicas, crendices, promessas, esquisitices. Certo que usar branco em alusão ao 1 de janeiro, em que é comemorado o Dia Mundial da Paz, tem lá sua lógica e convergência, apesar das oito guerras em curso listadas pela Anistia Internacional; dezenas de conflitos armados em busca de conquista de territórios; incontáveis embates urbanos que assolam as cidades ao redor do mundo e dizimam milhares de seres humanos diariamente.

Agora, esquisito, para dizer o mínimo, é alguém acreditar que a cor da roupa atrairá dinheiro, amor, prosperidade. De que adianta usar determinada cor na passagem de ano e o supersticioso cidadão continuar a gastar mais do que recebe? É mais provável que ele não tenha recursos na passagem do próximo ano para comprar outra roupa da cor desejada, do que tenha se livrado das dívidas do ano findo.

Àquelas que apostam em uma outra cor para atrair o amor que mudará de vez sua vida, mas não abrem mão de continuar a se expor nas redes sociais ou nos barzinhos do momento, uma triste sentença: a probabilidade diminui a cada nova foto reveladora dos atributos e curtida por quem procura alvos fáceis.

Os que guardam sementes na carteira como se fossem ímãs a promover a captura de incautas moedas ou cédulas, provavelmente se decepcionarão ao observarem que ali, naquele mesmo cantinho, está o pacotinho de sementes do ano passado; e nada se alterou em termos de riqueza.

Há também os que enfrentam centenas de quilômetros e inúmeros congestionamentos para chegar até uma praia e saltar sete ondas, na esperança que, sabe-se lá por qual magia ou interferência, sua conturbada vida mude radicalmente e tudo passe a ser maravilhoso e próspero no segundo seguinte à meia-noite.

E as promessas de ano novo, o que dizer delas? Em setembro ou outubro o cidadão decide que deixará de fumar, mas não o fará imediatamente; só no início do novo ano. Outro decide que iniciará um programa de exercícios físicos, mas só na virada do ano. Como se a saúde pudesse aguardar uma data específica do calendário, pois até lá nada de mal lhes irá acontecer.

Agem uns e outros por ingenuidade, zombaria ou tolice. Assim procedem por voltarem as costas à realidade que desejam esconder ou fingem inexistir. Não querem saber de Jesus nem de seus ensinamentos. É mais fácil não cumprir os mandamentos instituídos por Deus. Acreditam que a vida em Cristo aprisiona, quando na verdade liberta.

"Até quando vocês, ingênuos, amarão a ingenuidade? E vocês, zombadores, até quando terão prazer na zombaria? E vocês, tolos, até quando odiarão o conhecimento?" (Provérbios 1.22). Sim, a vida cristã, a verdadeira nova vida, traz todos esses benefícios. A ingenuidade dá lugar à maturidade; o prazer genuíno é encontrado na retidão e na seriedade do proceder; a tolice é sobrepujada pela sabedoria. Nada da velha vida sem sentido e de falsas esperanças se conserva quando a mente e o coração são invadidos pelo poder transformador do Espírito Santo, pela entrega e obediência aos preceitos divinais.

Um real ano novo independe de data na folhinha. Ele começa quando uma nova vida nos invade, por isso é atemporal. Entregue sua vida ao seu Criador e convide-o a caminhar ao seu lado todos os dias. Um novo ser nascerá dentro de você, livre dos conteúdos viciados e enganosos deste mundo.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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