A Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib) assume uma postura ativa em apoio ao movimento "Parcelo Sim!", liderado pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). A iniciativa surge como uma resposta à possível ameaça de encerramento do parcelamento sem juros, uma prática amplamente adotada no comércio brasileiro, especialmente nas compras realizadas no cartão de crédito.

O presidente da Acib, PJ Aiello, destaca a importância desse movimento para a manutenção da estabilidade econômica local. "O pagamento parcelado sem juros é uma ferramenta fundamental para estimular as compras e manter o comércio pulsante. Estamos preservando não apenas uma forma de pagamento, mas também o sustento de muitos negócios locais e o poder de compra da população."

A iniciativa é da Facesp, cujo presidente, Alfredo Cotait Neto, classifica o movimento como "legítimo e fundamental". Cotait ressalta que o fim dessa modalidade de pagamento poderia resultar em uma queda significativa no volume de compras, impactando principalmente os pequenos comerciantes.

De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC), 90% dos varejistas adotam o pagamento parcelado sem juros, beneficiando diretamente 75% da população. Mudanças nas regras, conforme apontado pela pesquisa, poderiam aumentar o custo do crédito em até 35%, resultando em uma redução expressiva de 27% no volume total de compras.

O movimento "Parcelo Sim!" ganhou força com um abaixo-assinado online que ultrapassou a marca de 200 mil assinaturas. Além disso, recebe apoio de diversas entidades, incluindo as frentes parlamentares do Empreendedorismo (FPE) e da Agropecuária (FPA), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Sebrae e FecomércioSP.

"Em um momento em que o Banco Central coordena discussões sobre regras financeiras, a Acib reafirma seu compromisso em representar os interesses de seus associados e defender o desenvolvimento econômico local. O pagamento parcelado sem juros é fundamental não apenas para os empresários, mas para o fortalecimento da economia local e a manutenção do poder de compra da população", finaliza PJ Aiello.