A Câmara de Bauru aprovou nesta terça-feira (21), por unanimidade, o Projeto de Lei (PL) que autoriza o município a conceder o parque de iluminação pública à iniciativa privada. A proposta segue agora para sanção da prefeita Suéllen Rosim (PSD), cujo próximo passo é abrir a licitação para o serviço.
O procedimento ocorrerá na Bolsa de Valores pelo valor do contrato, estimado em R$ 511 milhões.
O texto foi apresentado em setembro e não sofreu resistência das comissões permanentes, que deliberaram pela normal tramitação da proposta.
A ausência de discussões em torno do PL nesta terça-feira se deve ao fato de que já houve debates sobre o assunto anteriormente. A última delas foi em maio. Iniciado em 2018, ainda na gestão Gazzetta (2017-2020), o modelo da PPP chegou a passar na Câmara, mas sofreu reveses no Poder Judiciário.
Uma ação civil ajuizada pelo Ministério Público (MP) de Bauru apontou vícios na tramitação do texto na Câmara - especialmente com relação à falta de audiências públicas - e travou a proposta.
No ano passado, a Justiça retirou o município do polo passivo da ação e abriu caminho para que a PPP fosse retomada - daí a necessidade de atualização dos estudos, que ficou a cargo da Zopone Engenharia.
A princípio o contrato da PPP prevê duração de 25 anos, podendo ser prorrogado por outros 10 em caso de interesse do município.
No primeiro ano de serviço, a empresa vencedora deverá modernizar toda a iluminação pública de Bauru, com substituições das lâmpadas atuais por lâmpadas de LED, adequações dos braços e luminárias - seguindo os critérios técnicos estabelecidos de luminosidade mínima. A empresa ficará responsável ainda pela ampliação da rede de iluminação pública do município.
A principal mudança na atualização do estudo está na modelagem da licitação, que deixa aberturas - mas não lacunas - no caderno de encargos (obrigações da concessionária) para investimentos futuros no parque de iluminação pública.
A PPP envolve também os pontos de iluminação que atualmente estão sob responsabilidade da prefeitura, caso de algumas avenidas e praças.
Hoje, a CPFL responde por 47.406 pontos de iluminação, e outros 2.202 pontos são gerenciados pela administração.
Há ainda a obrigatoriedade de se implementar o sistema de telegestão, que permite à futura concessionária programar horários de ligação ou desligamento das lâmpadas e identificar problemas nas luminárias no momento em que eles ocorrem.
Comentários
3 Comentários
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ADRIANO A S ANDRADE 22/11/2023Mais uma conta alta que o povo de Bauru irá pagar, sendo que a privatização da CPFL levada a cabo pelo governo do PSDB fez com que trouxesse mais despesa e custos para a população e sendo um setor estratégico para o desenvolvimento do país, jamais poderia ser privatizada, assim como a Eletrobras. Isto é o neoliberalismo que vem destruindo o futuro do povo brasileiro comandado por sucessivos governantes especialmente o Bolsonaro.
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Hugo 22/11/2023Iluminem bem o Vitória Régia!!!
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Observador 22/11/2023Ja estava na hora! A equipe de iluminação publica da prefeitura é uma piada!