Embate
A vereadora Estela Almagro (PT) protagonizou um duro embate nesta terça-feira (14) com o secretário de Cultura de Bauru, Paulo Campos, durante uma reunião pública na Câmara que discutiu o cumprimento da lei Paulo Gustavo, que disponibiliza verba a artistas locais.
Motivo
O motivo foi uma declaração do secretário de que Estela não pôde recebê-lo numa visita que fez à Câmara para discutir o tema. "Não tem nada a ver com a [lei] Paulo Gustavo. Foi outra coisa", afirmou. A reunião mencionada por Paulo, segundo a petista, envolvia um projeto que transferia verba entre um setor e outro da Cultura.
O caso
A petista ressaltou que, na época, falou que pediria ao Conselho Municipal de Cultura um parecer sobre a proposta e que o titular da pasta foi contrário à medida. Nesta terça, na audiência, Campos foi taxativo: "o Conselho não estava vigente naquela época", afirmou. Estela rebateu - "estava, sim". "Não, não estava", respondeu o secretário.
Desafio
"Se eu provar que o Conselho estava ativo naquela época o senhor renuncia ao cargo?", indagou Estela logo em seguida. "Não", encerrou o secretário.
Posse
Primeiro suplente do PDT de Bauru, Fabiano Mariano foi empossado ontem (14) como vereador da Câmara Municipal. Ele assume a vaga de Serginho Brum, que se licenciou do mandato depois da rejeição ao seu relatório da CEI da Palavra Cantada.
Baque
E a rejeição do relatório segue gerando dor de cabeça ao governo, que ainda não absorveu totalmente o revés sofrido na Câmara. A avaliação é de que este foi talvez a maior derrota da administração até o momento - com um impacto muito maior do que a rejeição ao relatório da CEI das Contrapartidas.
Razões
Isso porque a CEI das Contrapartidas não focou em apurar meandros de um contrato controverso - na apuração da Palavra Cantada, por sua vez, a tônica foi justamente essa. A investigação envolveu conversas entre vendedor e servidor em celular pessoal, postura nada republicana, e uma empresa cujo faturamento triplicou somente com vendas ao setor público.
Futuro
Resta aguardar os desdobramentos do caso nos órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas de São Paulo e o Ministério Público. Independentemente do desfecho - o caso pode ser arquivado, afinal -, a derrota política já está posta.