Sangramentos excessivos e hematomas podem ser sinais de hemofilia em pets. Assim como ocorre com humanos, não há cura e, no caso de cães e gatos, o tratamento é mais complexo devido à baixa disponibilidade de bancos de sangue animal.
A doença um distúrbio de coagulação é hereditária e mais comum em cães machos das raças pastor alemão e dobermann. Entre os gatos, algumas raças têm maior predisposição genética, como maine coon, devon rex e british shorthair.
Segundo hospital veterinário Sena Madureira, em São Paulo, a doença aparece quando o animal ainda é filhote. O pet tem sangramentos espontâneos e excessivos pelo cordão umbilical ou na troca dos dentes. Também pode apresentar hematomas, sangramento pelo nariz, expulsão de sangue através de tosse, sangramentos pelo trato gastrointestinal, além de hemorragias associadas a traumatismos.
Existem dois tipos de hemofilia A e B, e o diagnóstico é feito a partir de exame de sangue.
O diagnóstico da hemofilia é fechado após a realização de testes que avaliam a atividade dos fatores de coagulação sanguínea. Os tipos de hemofilia diferem entre si não pela gravidade, mas pelos fatores da coagulação que estão envolvidos. Ambos podem ser de leves a graves, a depender do grau de comprometimento da coagulação, afirma a veterinária Fernanda Fragata, diretora do hospital veterinário.
A hemofilia é transmitida por fêmeas fenotipicamente normais, mas portadoras do gene possuem apenas uma cópia do gene defeituoso. Apesar de não haver cura, a doença pode ser controlada.
O tutor deve evitar situações que podem desencadear quadros hemorrágicos, mas, caso ocorram, o tratamento envolve a reposição dos fatores de coagulação deficientes através de transfusão sanguínea, diz a veterinária.
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