Alcides Fransciscato dispensa apresentação. Por tantos motivos, o piracicabano tornou-se do seleto rol de bauruenses inatos, em extinção, o que não tem a ver com naturalidade ou procedência, mas com o sentimento de pertença à cidade e compromisso com o seu desenvolvimento.
Eu conheci Sr. Alcides em estágio avançado da vida, teoricamente idoso, porém, dotado de vitalidade e diferenciada capacidade de percepção de mundo e das pessoas. À época, encantou-me pelo dispêndio de tempo a um menino de 13 (treze) anos, aproximadamente, cuja irrelevância lhe autorizaria ultrapassar.
Lembro-me, igualmente, de sua esposa, Sra. Lindinha, me propondo carona quando participávamos de arrumação de bazar da pechincha, no CIPS. A humildade destas pessoas, extensíveis às filhas, Sra. Sônia e Sra. Cláudia, de modo especial, consentiu prosperidade na atividade empresarial. Quem se interessa pelos que nada têm a oferecer faz jus ao sucesso pessoal e profissional.
Os seus contributos a Bauru não se resumem à política. Ninguém é unânime. Sr. Alcides, entretanto, foi ponto de equilíbrio de interesses díspares, equalizando divergências. Agora, além de saudades, Sr. Alcides é exemplo aos bauruenses natos ou que aderiram à cidade como berço.
Nesta terra inusitada, literalmente "sem limites", de casos e acasos, improvisos e imprevistos, personagens lendários imprimiram digitais e, talvez, moldaram vocações.
Que sua morte, Sr. Alcides, reavive Bauru, e nos faça refletir sobre avanços e retrocessos que temos experimentado.
Com respeito, admiração e pesar.
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Bauru
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