COLUNISTA

O príncipe da paz

Por Hugo Evandro Silveira | 29/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril.

Nos tempos atuais, poucos temas são debatidos tão amplamente quanto a busca pela paz. Especialmente no Ocidente, onde as dificuldades sociais não se comparam a experiências de conquistadores forçando as pessoas a abandonar seus lares com apenas as roupas do corpo ou enfrentando a separação de seus entes queridos ao fugir de inimigos; é difícil comparar nosso sofrimento ao de muitos outros no mundo. Apesar disso, a ânsia por paz persiste, transcende fronteiras e é um desejo universal.

A busca pela paz é evidente não apenas em âmbito político global, mas também no cotidiano das pessoas. Muitos, em suas corridas diárias, ocultam um desejo por paz em diversas áreas de suas vidas, seja no aspecto existencial, familiar ou profissional. Buscam um repouso para o coração e alívio das tensões e problemas que enfrentam. Mesmo em nossa nação, abençoada com recursos naturais em abundância, ainda enfrentamos níveis significativos de tristeza e adversidades, uma carência de paz persistente.

Contudo, a paz no coração é um belo fruto do Espírito Santo de Deus. Mas surge a questão: Será que esse mesmo Deus poderia conceder a tão ansiada paz mundial? Seria possível que o Espírito de Deus pudesse estabelecer uma paz global? A Bíblia contém inúmeros ensinamentos sobre a paz, com muitas passagens profetizando um futuro onde todas as nações viverão harmoniosamente. Por exemplo, o Salmo 72 menciona a paz que florescerá no reino messiânico, conforme o versículo 7: 'Os justos florescerão, e haverá abundância de paz...'. A Bíblia claramente antecipa um futuro de paz. Isaías 2.4 também traz uma promessa de paz no contexto do reino messiânico, proclamando: 'Ele julgará entre as nações e repreenderá muitos povos... Nação não levantará espada contra nação, nem aprenderão mais a guerra'. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento estão repletos de promessas de paz global, um futuro onde as nações abandonarão suas armas e as converterão em instrumentos de paz.

Entretanto, a realidade atual do mundo não parece refletir essas promessas de paz, a menos que consideremos uma paz mantida pela força armada. De maneira surpreendente, as Escrituras revelam que a paz prometida ao mundo está intrinsecamente ligada à vinda do Messias. A Bíblia afirma que Cristo é o Príncipe da Paz (Isaías 9.6). No entanto, a história nos traz o trágico episódio em que, quando o Príncipe da Paz veio ao mundo como o filho de uma Virgem e proclamou sua mensagem como o Messias e Salvador da humanidade, a multidão clamou: 'Crucifica-o, crucifica-o!' No monte do Calvário, nosso Senhor e Salvador foi crucificado entre dois criminosos. Assim, aquele que tinha o poder de trazer a paz foi rejeitado. A razão profunda pela qual não experienciamos a paz é que rejeitamos Cristo - o verdadeiro Príncipe da Paz.

Se alguém busca a verdadeira paz, seja de natureza existencial ou política, não a encontrará a menos que a encontre em Deus, em seu Cristo. Embora o poder e o dinheiro possam trazer benefícios, eles são incapazes de gerar paz, e em muitos casos, parecem até agravar o conflito. Deus é o autor da paz. Como pode o ser humano encontrar a paz quando está em conflito com seu Criador Todo-Poderoso? As Escrituras esclarecem o motivo pelo qual o mundo se encontra em tal estado de desordem. Pessoas e nações buscam a paz sem Cristo, mas, segundo as Escrituras, a verdadeira paz só será alcançada quando Cristo a trouxer.

Cristo profetizou vários sinais que ocorreriam antes de sua segunda vinda, como guerras, fome, pestilências e terremotos (Mateus 24.6,7), que têm sido recorrentes ao longo da história. Apesar dos avanços tecnológicos para manter a paz, nosso mundo permanece caótico. A paz duradoura nunca será alcançada através do poder político e militar; são soluções temporárias que até podem ajudar temporariamente, mas não resolvem os problemas fundamentais de um mundo em crise. Os seres humanos frequentemente não conseguem se entender. Algo essencialmente errado persiste, resultando em conflitos, miséria e desordem. O fato é que a verdadeira paz e plenitude só virão com o advento do Reino do Príncipe da Paz.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

61 anos atuando Soli Deo Gloria

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