COLUNISTA

Os Sete Pecados Capitais Parte VII - Luxúria

Por Carlos Brunelli | 08/10/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Em uma sociedade crescentemente permissiva, onde pop-ups de apelo sensual saltam da tela dos computadores independente da matéria que esteja sendo pesquisada ou onde realities shows têm como uma das principais atrações ou chamariz saber quais dos participantes irão dividir o edredom, o incitamento a um comportamento exacerbado no campo sexual passa a ser a tônica e a luxúria a ser tratada como algo natural.

Várias celebridades também acabam se prestando a esse papel de divulgadores e incentivadores de uma conduta lasciva ao se portarem com imagens, comentários, maneiras e atitudes instigadoras. Alguns inclusive chegaram a essa condição de destaque por manifestarem conceitos e desempenhos atrelados à lubricidade, e tão somente por isso, já que não têm nenhum outro pretexto ou característica a oferecer para se colocarem em evidência.

Há porém aqueles que preservam costumes recatados e íntegros, apesar das circunstâncias, do meio e dos estímulos midiáticos. Como então estabelecer a origem do padrão comportamental pecaminoso, quando parte se conserva inalterável e outro tanto cede ao despudor? Acontece que o interior do ser humano é o habitat natural da luxúria. Ali ela nasce, se desenvolve e passa a influenciar e a ditar modos e hábitos. Quando se percebe, ela está de tal forma enraizada que a personalidade do indivíduo assume procederes impudicos usuais, sem qualquer drama de consciência.

O vasto campo da sexualidade, com diversificadas nuances a serem consideradas, tem sido desde os tempos mais remotos explorada e manuseada com insistência pelo inimigo da cristandade, que parece ter elegido a luxúria como cabeça-de-ponte de seus ataques à unidade familiar. Inúmeras são as passagens bíblicas onde a imoralidade sexual e a libertinagem são postas como instrumentos a serviço do maligno para desviar o povo escolhido por Deus de seu divino propósito. Desde o Gênesis, com a incrível história de Ló, sobrinho de Abrahão - um dos patriarcas da fé -, passando por vários episódios em que os israelitas foram instados a perverterem os caminhos do Senhor através de conjunções carnais com habitantes de nações não crentes, e chegando às cartas paulinas aos convertidos de cidades como Corinto, local onde grassava a mistura de espiritualidade e promiscuidade sexual. Em todos esses eventos, assim como nos dias atuais, a luxúria é uma das principais causas de desintegração das famílias, instituição abençoada por Deus e determinante para consecução de seu soberano desígnio. Por essa característica, desestabilizar e aniquilar famílias têm sido os principais objetivos satânicos, valendo-se para tanto de diabólicas e engenhosas arquiteturas libidinosas.

O problema da sociedade é seu desejo de construir uma ética apartada dos ensinamentos divinos. Bombardeado incansavelmente por conceitos de autossuficiência; de vida independente de toda e qualquer regra; de que o mais importante é sentir-se bem e realizado, não importando como, o ser humano atual rejeita ficar atrelado a mandamentos, mesmo que eles emanem do Deus criador de todas as coisas, inclusive do próprio ser humano. Render subserviência ao Absoluto aparentemente não coaduna com a contemporaneidade relativista, em que nada é pétreo, nada é eterno.

Entretanto, a libertação do pecado, em especial o da luxúria - tão atraente e prazerosa; tão disseminada que parece natural; tão cultuada que não se encaixar em sua prática desvaloriza o renitente - o caminho para dela se livrar é uma radical mudança de comportamento e atitudes; o arrependimento sincero; voltar-se à doutrina celestial e seus sábios ensinamentos, e neles permanecer. "Eu sou o Senhor, o seu Deus, que lhe ensina o que é útil e o guia pelo caminho em que deve andar" (Isaías 48.17).

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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