ECONOMIA

Governo central tem déficit primário de R$ 26,350 bi

Por Reinaldo Cafeo | 30/09/2023 | Tempo de leitura: 4 min

No mês de agosto, o governo central (contas do Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário (receita menos despesa, sem computador os juros da dívida pública) de R$ 26,350 bilhões. Em agosto, as receitas líquidas totalizaram 134,773 bilhões de reais, o que representa uma queda real (descontada a inflação) de 7,1% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as despesas somaram 161,123 bilhões de reais, uma baixa real de 18,5% ante o mesmo mês de 2022. No acumulado de janeiro a agosto, as contas federais registraram déficit de 104,590 bilhões de reais, ante um superávit de 22,886 bilhões de reais no mesmo período de 2022. É uma das preocupações do mercado: compromisso com a execução orçamentária e, portanto, rigor fiscal, o que não vem ocorrendo.

Dívida Pública Federal (DPF) subiu 2,01% 
Com o resultado negativo das contas do governo central, cujo valor sequer cobre os juros da dívida pública, o total da Dívida Pública Federal (DPF) totalizou em agosto R$ 6,265 trilhões, alta de 2,01%. A DPF inclui a dívida interna e externa. A dívida interna avançou 1,94% em agosto e fechou o mês em R$ 6,028 trilhões, já a dívida externa ficou 3,71% maior no mês, somando R$ 237,46 bilhões.

Inflação do aluguel teve alta de 0,37% em setembro
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), teve alta de 0,37% em setembro, após deflação de 0,14% em agosto, informou a FGV. Com peso de 60% o IPA-M, Índice de Preços ao Produtor Amplo, avançou 0,41%, após deflação de 0,17% no mês anterior. Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), com peso de 30%, teve alta de 0,27%, ante queda de 0,19% em agosto. E o terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M), que tem peso de 10%, avançou 0,24% em setembro, repetindo a variação de agosto (0,24%). Em 12 meses o índice acumula deflação de 5,97%. Em tese os aluguéis com data base em outubro terão redução neste patamar, contudo, dependerá de cada contrato, posto que alguns mencionam vários índices, portanto, seria utilizado um que fosse positivo, e outros ainda indicam que quando o índice acumulado for negativo, o reajuste é zero.

Juros médios dos bancos: 43,5% ao ano
Pelo terceiro mês seguido, a taxa média de juros das concessões de crédito livre (que são pactuadas livremente entre as instituições financeiras e os tomadores de recursos) teve queda e passou de 43,8% para 43,5% ao ano em agosto, redução de 0,3 ponto percentual (pp) no mês. Em 12 meses, entretanto, a alta nos juros médios é de três pontos percentuais, segundo a publicação Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgada pelo Banco Central. Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito livre ficou em 22,6% ao ano, redução de 0,4 pp no mês.

Juros para as famílias são mais altos: 57,7% ao ano
Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros livres atingiu 57,7% ao ano, redução de 0,6 pp no mês e alta de 3,7 pp em 12 meses. No caso do cartão de crédito para pessoas físicas, as taxas tiveram redução média de 0,4 pp no mês, mas com alta de 13,8 pp em 12 meses, alcançando, em média, 101,5% ao ano. Já no crédito rotativo, aquele que é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, é de 445,7% ao ano.

Banco Central projeta PIB de 1,8% em 2024
O Banco Central (BC) prevê crescimento de 1,8% para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2024, segundo relatório trimestral de inflação divulgado pela autoridade monetária. Já o Ministério da Fazendo prevê crescimento de 2,3%, enquanto o setor privado, via Boletim Focus, estima alta de 1,5%. Para este ano, o BC revisou novamente a sua projeção para o crescimento do PIB para cima e espera agora um avanço de 2,9%. A última estimativa, divulgada em junho, era de alta de 2%.

Três meses para o fim do ano: foco no orçamento doméstico
Restam três meses para acabar o ano. Caso você ainda não tenha debruçado em seu orçamento doméstico, ainda dá tempo. Liste sua renda e seus gastos. Aproveite e impacte as despesas extras de dezembro, como presentes e as comemorações de Natal e de virada do ano. Verifique se haverá excedente financeiro para suportar os gastos de início de ano, inclusive, eventuais gastos com o período de férias. Mãos à obra.

Mude já, mude para melhor!
Hoje quero enviar uma mensagem a minha querida esposa Maria Tereza Vera. É seu aniversário. Quero ressaltar seu companheirismo, dedicação à família, seu carinho e amor compartilhado. Comemoraremos esse importante dia em família. Beijos no coração. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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