JULGAMENTO

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Bauru: mulher é condenada a 16 anos de prisão por matar marido prensado em poste

Bauru: mulher é condenada a 16 anos de prisão por matar marido prensado em poste

Em 4 de junho de 2022, a ré atingiu, de carro, a motocicleta conduzida pelo companheiro na Vila São Paulo

Em 4 de junho de 2022, a ré atingiu, de carro, a motocicleta conduzida pelo companheiro na Vila São Paulo

Por Larissa Bastos | 28/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
larissa.bastos@jcnet.com.br

Por Larissa Bastos
da Redação

28/09/2023 - Tempo de leitura: 2 min
larissa.bastos@jcnet.com.br

Redes Sociais/Reprodução

Colisão foi em cruzamento na Vila São Paulo, em 2022

Foi condenada a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, a mulher acusada de, com o carro, atingir a motocicleta conduzida pelo companheiro, de 31 anos, e matá-lo prensado contra um poste na Vila São Paulo, em Bauru. O Tribunal do Júri julgou que a ré, de 30 anos, cometeu homicídio doloso qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Depois da sentença, ela retornou ao sistema prisional para execução provisória da pena. A defesa afirma que recorreu da decisão.

Conforme o JC noticiou, o caso foi registrado em 4 de junho de 2022, por volta das 5h30, na quadra 2 da rua Benedito Vieira. Câmeras de segurança gravaram a mulher trafegando em alta velocidade logo atrás da moto e, no cruzamento, atingindo a traseira da Honda CG 150, arremessando e prensando o motociclista contra o poste.

Na época, a ré disse à polícia que a moto veio na contramão e que só teria percebido que se tratava de seu marido após vê-lo caído no chão. Ela foi presa em flagrante por homicídio com dolo eventual (quando o autor assume o risco de matar) e teve a prisão convertida em preventiva.

Porém, durante Tribunal do Júri, realizado em 22 de setembro último, a mulher alegou, em plenário, que seguia o companheiro em direção à residência de sua sogra, onde estava o filho do casal, e que "foi um acidente". Ela admitiu que conduzia o veículo sem ser habilitada após ingerir bebida alcoólica e fazer uso de cocaína. 

Segundo a condenação em primeira instância, assinada pela juíza Érica Marcelina Cruz, da 1.ª Vara Criminal de Bauru, o Conselho de Sentença decidiu que a ré praticou homicídio doloso qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e a condenou a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, com imediata execução provisória da pena.

O advogado de defesa da ré, Felipe Braga de Oliveira, afirma que recorreu. "Pedimos que seja realizado um novo julgamento, pois a decisão foi contrária às provas dos autos. No processo, não constou um único motivo para ela ter feito aquilo. Entendemos que foi um acidente e que ela deveria ter sido condenada por homicídio culposo na direção de veículo automotor, com os agravantes de ter consumido álcool e não ter CNH, mas nunca por homicídio doloso, como foi. Caso não tenha outro júri, pedimos a redução da pena", diz.

O filho do casal tem 4 anos. "A ré afirma que jamais faria isso com a pessoa que estava sempre do lado dela nos cuidados com a criança", complementa o advogado. Hoje, a criança está sob guarda da avó paterna.

Oliveira conta que a ré foi diagnosticada com câncer. "Ela está muito doente e deveria ter operado no mês passado, mas adiou para participar do júri. Agora, ela vai operar e iniciar a quimioterapia, para tratar a doença que atinge seus órgãos reprodutivos. Vamos tentar a prisão domiciliar mas, por enquanto, ela fará o tratamento da Penitenciária de Pirajuí", conclui.

Foi condenada a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, a mulher acusada de, com o carro, atingir a motocicleta conduzida pelo companheiro, de 31 anos, e matá-lo prensado contra um poste na Vila São Paulo, em Bauru. O Tribunal do Júri julgou que a ré, de 30 anos, cometeu homicídio doloso qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Depois da sentença, ela retornou ao sistema prisional para execução provisória da pena. A defesa afirma que recorreu da decisão.

Conforme o JC noticiou, o caso foi registrado em 4 de junho de 2022, por volta das 5h30, na quadra 2 da rua Benedito Vieira. Câmeras de segurança gravaram a mulher trafegando em alta velocidade logo atrás da moto e, no cruzamento, atingindo a traseira da Honda CG 150, arremessando e prensando o motociclista contra o poste.

Na época, a ré disse à polícia que a moto veio na contramão e que só teria percebido que se tratava de seu marido após vê-lo caído no chão. Ela foi presa em flagrante por homicídio com dolo eventual (quando o autor assume o risco de matar) e teve a prisão convertida em preventiva.

Porém, durante Tribunal do Júri, realizado em 22 de setembro último, a mulher alegou, em plenário, que seguia o companheiro em direção à residência de sua sogra, onde estava o filho do casal, e que "foi um acidente". Ela admitiu que conduzia o veículo sem ser habilitada após ingerir bebida alcoólica e fazer uso de cocaína. 

Segundo a condenação em primeira instância, assinada pela juíza Érica Marcelina Cruz, da 1.ª Vara Criminal de Bauru, o Conselho de Sentença decidiu que a ré praticou homicídio doloso qualificado por uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, e a condenou a 16 anos e quatro meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, com imediata execução provisória da pena.

O advogado de defesa da ré, Felipe Braga de Oliveira, afirma que recorreu. "Pedimos que seja realizado um novo julgamento, pois a decisão foi contrária às provas dos autos. No processo, não constou um único motivo para ela ter feito aquilo. Entendemos que foi um acidente e que ela deveria ter sido condenada por homicídio culposo na direção de veículo automotor, com os agravantes de ter consumido álcool e não ter CNH, mas nunca por homicídio doloso, como foi. Caso não tenha outro júri, pedimos a redução da pena", diz.

O filho do casal tem 4 anos. "A ré afirma que jamais faria isso com a pessoa que estava sempre do lado dela nos cuidados com a criança", complementa o advogado. Hoje, a criança está sob guarda da avó paterna.

Oliveira conta que a ré foi diagnosticada com câncer. "Ela está muito doente e deveria ter operado no mês passado, mas adiou para participar do júri. Agora, ela vai operar e iniciar a quimioterapia, para tratar a doença que atinge seus órgãos reprodutivos. Vamos tentar a prisão domiciliar mas, por enquanto, ela fará o tratamento da Penitenciária de Pirajuí", conclui.

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