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EM ANÁLISE
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Projeto de lei prevê orientação em restaurantes para salvar engasgados
Projeto de lei prevê orientação em restaurantes para salvar engasgados
Brasil registrou 1.177 mortes por obstrução do trato respiratório em 2022 e 638 neste ano; em Bauru, houve caso recente
Brasil registrou 1.177 mortes por obstrução do trato respiratório em 2022 e 638 neste ano; em Bauru, houve caso recente
Antonio Cruz/Agência Brasil

Um Projeto de Lei (PL) em análise na Câmara dos Deputados obriga restaurantes e lanchonetes de todo o País a afixarem cartazes que ensinem os frequentadores a empregarem a manobra de Heimlich, utilizada para desobstruir vias respiratórias. Se propagadas, eventualmente as instruções poderiam ter salvado a vida de Rodrigo Peixoto, que morreu há duas semanas em Bauru, após se engasgar em um restaurante.
O PL tramita em Brasília desde 2015, quando foi proposto pelo deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), que faleceu em 2018 vítima de um infarto fulminante. Ele argumentava que a divulgação da manobra poderia evitar mortes por asfixia por aspiração de alimentos durante as refeições, um problema mais frequente do que se imagina. Atualmente, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara.
De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade, o Brasil registrou 1.177 mortes decorrentes de "Inalação e ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório", somente em 2022. No ano corrente, o País acumulou 638 casos do mesmo tipo. Na última segunda-feira (18), inclusive, a estudante de direito Jeniffer da Silva Moreira, 19 anos, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória após engasgar com um lanche, no município de Alta Floresta (MT).
O médico emergencista Rafael Arruda Alves destaca que o primeiro passo a ser dado ao avistar uma possível vítima de asfixia é acionar o 192 (ou pedir que alguém próximo o faça) e realizar a "manobra de Heimlich", que recebeu esse nome por conta do cirurgião torácico norte-americano que a descreveu em 1974 e salvou incontáveis vidas ao redor do mundo (lei nesta página). Já a pessoa engasgada deve buscar ajuda sinalizando para a garganta.
Giédre Berretin-Felix, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP), destacou a importância do tratamento quando a pessoa identifica dificuldade para deglutir (transportar da boca ao estômago) os alimentos. "A deglutição deve ser segura e a alimentação, prazerosa. Se existe desconforto e dificuldade, é sinal que podem existir problemas que precisam de investigação", realça.
De acordo com ela, doenças relacionadas ao sistema nervoso podem trazer essa dificuldade, além do próprio envelhecimento, que traz perda de coordenação e força.
Brasil afora, existem regramentos que estabelecem protocolos de primeiros socorros, como é o caso da Lei Lucas, criada após uma criança morrer asfixiada com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram em um lanche. Esta lei obriga as escolas a realizarem treinamentos para prestar socorro.
Ainda assim, o médico Rafael Arruda Alves considera frágeis as prevenções. "Seja por falta de instrução ou por desinteresse, já que se acredita que nunca irá acontecer consigo. É importante a população procurar informações e participar de treinamentos sobre reconhecimento e atendimento de engasgo e parada cardiorrespiratória", destaca, ao alertar sobre a importância de se buscar procedimentos corretos.
Um Projeto de Lei (PL) em análise na Câmara dos Deputados obriga restaurantes e lanchonetes de todo o País a afixarem cartazes que ensinem os frequentadores a empregarem a manobra de Heimlich, utilizada para desobstruir vias respiratórias. Se propagadas, eventualmente as instruções poderiam ter salvado a vida de Rodrigo Peixoto, que morreu há duas semanas em Bauru, após se engasgar em um restaurante.
O PL tramita em Brasília desde 2015, quando foi proposto pelo deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), que faleceu em 2018 vítima de um infarto fulminante. Ele argumentava que a divulgação da manobra poderia evitar mortes por asfixia por aspiração de alimentos durante as refeições, um problema mais frequente do que se imagina. Atualmente, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara.
De acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade, o Brasil registrou 1.177 mortes decorrentes de "Inalação e ingestão de alimentos causando obstrução do trato respiratório", somente em 2022. No ano corrente, o País acumulou 638 casos do mesmo tipo. Na última segunda-feira (18), inclusive, a estudante de direito Jeniffer da Silva Moreira, 19 anos, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória após engasgar com um lanche, no município de Alta Floresta (MT).
O médico emergencista Rafael Arruda Alves destaca que o primeiro passo a ser dado ao avistar uma possível vítima de asfixia é acionar o 192 (ou pedir que alguém próximo o faça) e realizar a "manobra de Heimlich", que recebeu esse nome por conta do cirurgião torácico norte-americano que a descreveu em 1974 e salvou incontáveis vidas ao redor do mundo (lei nesta página). Já a pessoa engasgada deve buscar ajuda sinalizando para a garganta.
Giédre Berretin-Felix, professora do Departamento de Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP), destacou a importância do tratamento quando a pessoa identifica dificuldade para deglutir (transportar da boca ao estômago) os alimentos. "A deglutição deve ser segura e a alimentação, prazerosa. Se existe desconforto e dificuldade, é sinal que podem existir problemas que precisam de investigação", realça.
De acordo com ela, doenças relacionadas ao sistema nervoso podem trazer essa dificuldade, além do próprio envelhecimento, que traz perda de coordenação e força.
Brasil afora, existem regramentos que estabelecem protocolos de primeiros socorros, como é o caso da Lei Lucas, criada após uma criança morrer asfixiada com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram em um lanche. Esta lei obriga as escolas a realizarem treinamentos para prestar socorro.
Ainda assim, o médico Rafael Arruda Alves considera frágeis as prevenções. "Seja por falta de instrução ou por desinteresse, já que se acredita que nunca irá acontecer consigo. É importante a população procurar informações e participar de treinamentos sobre reconhecimento e atendimento de engasgo e parada cardiorrespiratória", destaca, ao alertar sobre a importância de se buscar procedimentos corretos.
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#EDIÇÃO_623 - 07/12/2023

2 COMENTÁRIOS
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Mauricio Goncalves de Moura
24/09/2023Tati
24/09/2023