DENÚNCIA

Avaí: Câmara abre Processante contra vereador por suposta quebra de decoro

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/Facebook
Representação foi recebida pela Câmara na sessão desta segunda
Representação foi recebida pela Câmara na sessão desta segunda

A Câmara de Avaí (39 quilômetros de Bauru) aprovou por 7 votos a 1, com uma abstenção, na sessão desta segunda-feira (11), recebimento de uma denúncia de suposta quebra de decoro por parte do vereador Collin Martins (PSD). De acordo com o documento, ele teria feito gesto com as mãos considerado impróprio, no último dia 26 de junho, durante uso da tribuna. O parlamentar nega qualquer ato de desrespeito.

Segundo representação protocolada na Casa por um munícipe na última quarta-feira (6), na sessão de 26 de junho, Martins teria feito o uso da palavra e, em determinado momento, colocado a mão em seu órgão genital e o sacudido na frente da câmera que transmitia a sessão ao vivo. Na avaliação dele, a conduta do vereador foi "incompatível com a de seu cargo", o que poderia configurar, em tese, quebra de decoro.

A Comissão Processante terá Paulo Cipó (PSD) como presidente, Elias Júnior (PSD) como relator e Danilo Tieppo (PSDB) como membro. O grupo deve se reunir nos próximos dias. A reportagem entrou em contato, por meio do WhatsApp, com o presidente do Legislativo de Avaí, João Barbosa (PSDB). Ele informou que o prazo para a conclusão dos trabalhos e de 90 dias.

O vereador alvo da CP explicou que está em seu primeiro mandato e que é bastante atuante, divulgando suas ações nas redes sociais e fazendo o uso da tribuna em quase todas as sessões para abordar temas diversos, o que, segundo ele, pode gerar "múltiplas interpretações".

Nas últimas reuniões, Martins conta que falou sobre cultura, igualdade de gênero e sobre a importância de se combater o racismo estrutural na sociedade. "Eu luto por essas causas e sempre vou lutar", diz. "Procuro fazer da política um espaço mais democrático. A política é para todos".

Em relação ao gesto impróprio apontado na denúncia, o parlamentar alega que pode ter sido algum ato involuntário. "Eu costumo gesticular muito, andar para trás e para frente", afirma. "Se caso eu fiz alguma coisa que desrespeitou alguém, eu peço as mais sinceras desculpas".

Ele explicou que sempre defendeu uma política diferente e que irá apresentar a sua defesa durante a tramitação da Processante. "Estou preparado para qualquer tipo de sanção que possa sofrer", declara. "A minha luta sempre vai ser pelo bem do coletivo, pelo bem da sociedade".

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