OPINIÃO

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Guerreira Cora Coralina

Guerreira Cora Coralina

Por Prof. Gilberto Sidney Vieira | 06/09/2023 | Tempo de leitura: 1 min

Por Prof. Gilberto Sidney Vieira
06/09/2023 - Tempo de leitura: 1 min

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu em Goiás (GO), aos 20/8/1889. Em 1903 (com 14 anos) já fazia poesias num caderno. Em 1911 (22 anos) a mãe a repreendeu por estar grávida de um desquitado e 20 anos mais velho. Fugiu com ele.

Em 1922 (33 anos) ela transgredia as normas sociais por exaltar a liberdade feminina. Uma das precursoras do enfrentamento à dominação machista. Convidada a participar da Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de SP, o companheiro a proibiu. Lugar de mulher era no lar.

Em 1934 ela (45 anos) ficou viúva. Para sustentar a família fazia doces. Viveu muito tempo na atividade. Em 1965 ela (76 anos) publicou o primeiro livro. O capitão Roberto Vieira (meu pai) servia na 6ª Circunscrição do Serviço Militar em Bauru.

Foi lá que em 1969 a conheci (80 anos). Era mãe do coronel Cantídio Bretas Filho, comandante da guarnição militar. Em 1970, ela (81 anos) insistia em ser poetisa, cronista e contista. Ignorada por intelectuais conservadores.

O poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980, fez um elogio a ela, que tinha 91 anos, em texto no "Jornal do Brasil". Em 1983, ela (94 anos) recebeu o prêmio "Jaburu" como a intelectual do ano. Em 1984 ela (95 anos) foi nomeada para a Academia Goiana de Letras. Treze livros publicados. Faleceu em 10/4/1985, como Cora Coralina.

Suas frases sempre foram cheias de sabedoria, humildade e simplicidade: "...sou aquela a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida. Não desistir da luta. Recomeçar da derrota. Acreditar nos valores humanos. Ser otimista..."

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu em Goiás (GO), aos 20/8/1889. Em 1903 (com 14 anos) já fazia poesias num caderno. Em 1911 (22 anos) a mãe a repreendeu por estar grávida de um desquitado e 20 anos mais velho. Fugiu com ele.

Em 1922 (33 anos) ela transgredia as normas sociais por exaltar a liberdade feminina. Uma das precursoras do enfrentamento à dominação machista. Convidada a participar da Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de SP, o companheiro a proibiu. Lugar de mulher era no lar.

Em 1934 ela (45 anos) ficou viúva. Para sustentar a família fazia doces. Viveu muito tempo na atividade. Em 1965 ela (76 anos) publicou o primeiro livro. O capitão Roberto Vieira (meu pai) servia na 6ª Circunscrição do Serviço Militar em Bauru.

Foi lá que em 1969 a conheci (80 anos). Era mãe do coronel Cantídio Bretas Filho, comandante da guarnição militar. Em 1970, ela (81 anos) insistia em ser poetisa, cronista e contista. Ignorada por intelectuais conservadores.

O poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980, fez um elogio a ela, que tinha 91 anos, em texto no "Jornal do Brasil". Em 1983, ela (94 anos) recebeu o prêmio "Jaburu" como a intelectual do ano. Em 1984 ela (95 anos) foi nomeada para a Academia Goiana de Letras. Treze livros publicados. Faleceu em 10/4/1985, como Cora Coralina.

Suas frases sempre foram cheias de sabedoria, humildade e simplicidade: "...sou aquela a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida. Não desistir da luta. Recomeçar da derrota. Acreditar nos valores humanos. Ser otimista..."

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