Diversos bauruenses pararam, na manhã desta sexta-feira (25), para conferir o solado do calçado. ‘Pisei no cocô’? Essa era dúvida comum. Diante da negativa, cercada por alívio, percebiam que o forte odor estava no ar. De forma simultânea, o assunto tomou diversas repartições públicas e empresas privadas, conforme a reportagem do JCNET apurou. O tema também ganhou repercussão em postagens do Instagram e do “X”, antigo Twitter.

Reclamações das regiões Centro, Altos da Cidade, Camélias, Jardim Redentor, Jardim Brasil, Cruzeiro do Sul e Higienópolis chegaram à redação. O Departamento de Água e Esgoto (DAE) foi acionado, fez a checagem com técnicos da autarquia, e não há em Bauru qualquer vazamento substancial de esgoto capaz de alcançar várias regiões de forma simultânea.

A Prefeitura de Bauru, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Semma), também está apurando, mas não encontrou nada. Diante do ‘mistério’, a Defesa Civil relata ter recebido ligações de moradores questionando o cheiro de cocô. O coordenador do órgão, Marcelo Ryal, acionou a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que tem técnicas para identificar o problema. De acordo com ele, não está descartada a possibilidade de a ventania ter trazido o odor de fora da cidade.

A situação não é inédita. Em setembro e outubro de 2017, conforme o JCNET noticiou na época, moradores de diversos bairros do município também sentiram cheiro semelhante, também no período da manhã. Enxofre, lixo, vinhoto e matéria orgânica em decomposição foram algumas das suposições de leitores que entraram em contato com a redação. A Cetesb e Defesa Civil não identificaram a causa na época e o episódio permanece uma incógnita até hoje.