MEIO AMBIENTE

Bacia do Rio Lençóis registra pior volume desde 2019

Por | da Redação
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Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis/Divulgação
Acompanhamentos diários e mensais subsidiam dados para geração de energia elétrica e abastecimento público
Acompanhamentos diários e mensais subsidiam dados para geração de energia elétrica e abastecimento público

A bacia hidrográfica do Rio Lençóis, que compreende uma área de 1.054 km2, registrou a pior reserva de volume hídrico desde 2019, quando começaram os acompanhamentos dos volumes para as épocas de estiagens. A informação foi divulgada neste sábado (19) pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Lençóis (CBH-RL), que explicou que os acompanhamentos diários e mensais são medidas gerenciais de gestão descentralizada que têm como objetivo subsidiar dados para geração de energia elétrica e abastecimentos públicos de águas.

De acordo com o órgão, o recorde negativo, mesmo com as cotas estando superavitárias no acumulado anual, é decorrente dos déficits pluviométricos nesse período, que possibilitam a recarga dos corpos d’águas. "A tendência, segundo a modelagem hidrológica da bacia hidrográfica, é de que nos próximos dois meses as cotas pluviométricas, que seriam necessárias para recarregarem os corpos d’águas superficiais, estejam abaixo das médias regulares", revela, por meio de postagem no Facebook.

Ainda segundo o Comitê, na modelagem padrão recomendada pela Agência Nacional de Águas (ANA), as reservas hídricas da bacia do rio Lençóis estão 50% abaixo da média nacional, e 66% abaixo do volume útil normal para a bacia hidrográfica. "Caso isso não se regularize, pode entrar em estágio de riscos ambientais e comprometer as vazões sanitárias mínimas dos corpos d’águas, que são necessárias para garantir as depurações naturais e não causar desastres ambientais na biota dos rios", explica. "Em horários de picos de consumo de água em Lençóis Paulista e São Manuel, as reduções dos volumes do rio Lençóis e ribeirão Paraíso, respectivamente, segundo os dados em tempo real, chegam a 49,8%. A geração de energia elétrica no Rio Lençóis também já está impactada, com redução de 50%", completa.

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