BAURU

Exportações da região de Bauru aumentam 5,9% impulsionadas por alimentos

Por Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Tisa Moraes
Arnaldo Oliveira, Paulo Freitas, Talles Guedes, Primo Mangialardo e Gisela Casarin, durante encontro no Ciesp que discutiu e orintou empresas sobre exportações
Arnaldo Oliveira, Paulo Freitas, Talles Guedes, Primo Mangialardo e Gisela Casarin, durante encontro no Ciesp que discutiu e orintou empresas sobre exportações

Impulsionadas por alimentos, as exportações realizadas pelas indústrias de 25 municípios da região de Bauru totalizaram US$ 1,297 bilhão entre janeiro e julho de 2023, 5,9% mais do que o mesmo período do ano passado, quando o resultado foi de R$ 1,225 bilhão. Do total, mercadorias como carnes, produtos de confeitaria e sementes e frutos oleaginosos responderam por ao menos R$ 722,3 milhões, ou seja, mais da metade do total, conforme mostra o ranking elaborado pelo Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

Apesar disso, especialistas em comércio exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) ouvidos pelo Jornal da Cidade avaliam não ser possível dizer que o ramo alimentício tenha se tornado o 'carro-chefe' da indústria regional, que ainda é, felizmente, bastante pulverizada. Além dos segmentos citados, tratores, máquinas e aparelhos mecânicos, bem como máquinas e materiais elétricos são as mercadorias que mais renderam dividendos às empresas ao serem remetidas para outros países.

Com o resultado, Bauru figura na 13.ª posição entre as principais exportadoras no período, de 39 regionais da Fiesp. E também aparece em 6.º lugar entre os melhores resultados na balança comercial, que representa a diferença entre os valores exportados e importados. O saldo foi de R$ 987 milhões, considerando que as compras feitas pelas indústrias da região no Exterior totalizaram R$ 310 milhões.

E, em busca de impulsionar ainda mais estes números, o Grupo de Comércio Exterior da regional de Bauru do Ciesp iniciou, há cerca de 15 dias, uma série de encontros, com a presença de especialistas, para orientar pequenas, médias e grandes indústrias sobre o mercado internacional. A iniciativa ocorre em parceria com o Programa de Qualificação para Exportação (Peiex), oferecido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

No primeiro evento, realizado na última quarta-feira, foram debatidos temas como planejamento, mercados, fatores que influenciam o comércio exterior e o papel da aduana e da alfândega. "A intenção é fazer estes encontros a cada dois meses, visto que a exportação é sempre uma carta na manga para as indústrias quando o País enfrenta problemas econômicos e o mercado interno fica enfraquecido. E as empresas recebem em dólar. São muitos benefícios, mas muitas não sabem como começar", frisa Gisela Casarin, coordenadora do Grupo de Comércio Exterior e segunda vice-diretora do Ciesp Bauru.

Ainda de acordo com ela, embora as indústrias de alimentos tenham forte atividade em Bauru, o parque local é bastante pulverizado, o que ajuda a proteger o desempenho do setor em momentos de crise. "Temos outros ramos fortes, como o de plástico, metalurgia, o agro. Não depender de um único segmento ajuda bastante", destacando que, além das exportações, as importações também precisam ser estimuladas. "Matérias-primas, maquinários diferenciados, mais baratos, lá fora, podem significar um ganho competitivo", acrescenta.

E, para Talles Guedes, analista do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior do Ciesp, o momento é propício para empresas se lançarem no mercado internacional. "Com apoio e orientação, elas podem fazer suas operações de maneira segura, com programas de longo prazo, o que pode proporcionar uma ampliação e maior diversificação das exportações, gerando mais emprego e renda para a região", completa.

Segundo levantamento da Fiesp, no período analisado, os principais destinos das exportações da região de Bauru foram China (29,5%), Estados Unidos (18,6%) e Alemanha (4,6%). Por sua vez, as compras tiveram como principais origens Suécia (23,1%), China (15,1%) e Alemanha (12,1%).

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