ECONOMIA

Depois de 2 anos juros caem

Por Reinaldo Cafeo | 05/08/2023 | Tempo de leitura: 4 min

Desde agosto de 2020 o Banco Central brasileiro não reduzia a taxa básica de juros. Esse histórico de juros altos tem justificativas: os desequilíbrios provocados pela pandemia de Covid19 e a guerra entre Rússia e Ucrânia. A redução da oferta de vários produtos sem a queda proporcional na demanda por esses produtos, trouxe a inflação, e para combatê-la a política monetária teve que ser restritiva, e entre os instrumentos utilizados, foi necessária a elevação da taxa básica de juros. Na reunião do Copom – Comitê de Política Monetária, da última quarta-feira (2) a decisão foi pela queda de 0,50 ponto percentual, e agora a Taxa Selic está em 13,25% ao ano. Chamou a atenção o placar favorável a queda: 5 votos pela queda de 0,5 p.p. a 4 pela queda de 0,25 p.p. Por sinal, o criticado pelo governo Lula, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, deu o voto de minerva sendo favorável a queda de 0,5 ponto percentual.

O Brasil começou antes, colheu resultados primeiro
A elevação da inflação ocorreu e ocorre nas principais economias mundiais. O Banco Central brasileiro, sabiamente, iniciou o ciclo de aperto monetário logo que observou a escalada nos preços. Isso permitiu, juntamente com outras políticas, incluindo a fiscal, a observar um processo de desinflação, com a taxa anualizada atingindo 3,19% (IPCA no acumulado de 12 meses com base em junho deste ano). Lá fora a maioria dos países demorou para agir e, enquanto aqui os juros começam a cair, lá o ciclo de alta ainda não encerrou. Assim, o Brasil colhe os resultados antes de o resto do mundo.

O que muda na prática?
Com juros básicos menores, o primeiro efeito é sobre a dívida pública. A partir de agora serão emitidos títulos da dívida pública a uma taxa de juros menor, portanto, a rolagem da dívida fica “mais barata”. Outra mudança é nas aplicações em renda fixa. Com Selic menor, o CDI cai proporcionalmente, e o rendimento médio mensal cai. Mesmo com a queda de 0,5 ponto percentual, a taxa real de juros (acima da inflação) é elevada, posto que a previsão de inflação segundo o Boletim Focus é, para este ano é de 4,84% e para o ano que vem de 3,89%. Pode ainda ocorrer uma migração para renda variável, favorecendo o mercado acionário e o mercado de fundos imobiliários. Na outra ponta, os juros para empréstimos tendem a cair. E tem ainda o efeito psicológico: juros em queda estimulam os agentes econômicos a saírem da passividade. Agora esperar o comportamento da inflação para projetar novas quedas nas futuras reuniões do Copom.

Dia dos Pais: vendas no comércio eletrônico
No domingo que vem, dia 13 de agosto, é comemorado o dia dos Pais. Para o comércio as vendas nesse período estão entre as quatro datas mais alavancam vendas: Natal, Dia das Mães, Dia dos Namorados e dia dos Pais. Todo ano crescem as vendas no comércio eletrônico. Para o Dia dos Pais 2023, as projeções apontam um faturamento de R$ 187 bilhões para o setor de varejo digital. Além disso, a inteligência artificial estará mais presente ao longo da campanha, o que contribuirá para potencializar a jornada do cliente, e, consequentemente, otimizará o fechamento de vendas. É o que apontam os dados do relatório divulgado pela AlliN, em parceria com a Opinion Box.

Bandeira tarifária continuará verde em agosto
A bandeira tarifária para o mês de agosto continuará verde, portanto, não haverá cobrança adicional nas contas de energia elétrica dos consumidores brasileiros. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a decisão foi tomada por causa das condições favoráveis na geração de energia no país. A bandeira está no patamar verde desde abril de 2022 e a expectativa na Aneel é que esse cenário seja mantido até o final do ano.

Revisite seu orçamento familiar
Sem que boa parte das pessoas se desse conta chagamos no mês de agosto, faltando, portanto, menos de 5 meses para o término ano. No tocante as finanças do lar, muitas famílias têm adiado controlar o orçamento familiar. Como não adianta chorar o “leite derramado” a dica é: faça um esforço para organizar suas finanças focando esses meses que faltam para terminar o ano. Liste suas receitas e despesas e equilibre as finanças. Se tem alguma dívida considere vender algum bem para quitá-la e trace metas para poupar recursos para as emergências financeiras. Não adie mais. Mãos à obra.

Mude já, mude para melhor!
Cuidado com os falsos profetas. O mundo está cheio de sepulcros caiados. Sempre é tempo para mudar. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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